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    Duas mulheres acusam Daniel Alves de assédio antes do suposto estupro

    Prima e amiga da vítima prestaram depoimento nesta segunda-feira (5) durante julgamento em Barcelona

    Joan Fausda Reuters , Barcelona, Espanha

    Duas mulheres disseram nesta segunda-feira (5) que o lateral-direito Daniel Alves as apalpou antes de alegadamente estuprar uma amiga delas em uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022, durante o julgamento do jogador na Espanha.

    Uma amiga e uma prima da mulher que levou as acusações contra Daniel Alves à Justiça estavam na boate com ela naquela noite e disseram ao tribunal que Dani Alves as convidou para a área VIP onde ele estava com um amigo.

    Em depoimentos carregados de emoção, elas afirmaram que Daniel Alves as apalpou e flertou com a autora da queixa antes de descreverem o que aconteceu depois da alegada agressão. O tribunal não divulgou os nomes delas.

    O ex-jogador do Barcelona, de 40 anos, foi preso em janeiro do ano passado e se encontra sob prisão preventiva desde então.

    Daniel Alves negou ter tido qualquer relação sexual com a mulher em um primeiro momento e disse que não a conhecia. Depois, afirmou que teve uma relação sexual consensual com ela no banheiro de uma boate, acrescentando que a negação original era para proteger o casamento.

    Se ele teve sexo consensual ou forçado com a mulher é o ponto central do julgamento no Tribunal Provincial de Barcelona.

    O promotor público do caso acusa Daniel Alves de forçar a mulher a fazer sexo e de não usar camisinha. A acusação busca uma sentença de 9 anos de prisão e que Daniel Alves pague indenização de 150.000 euros (cerca de R$ 800 mil) à vítima.

    A prima da mulher afirmou que ela nem havia beijado Daniel Alves antes de deixar a área pública e que não estava ciente que estava entrando no banheiro onde o alegado estupro aconteceu quando ele insistiu que eles fossem para outro lugar.

    Após cerca de 15 minutos, Daniel Alves saiu do banheiro e, alguns minutos depois, a mulher o seguiu, parecendo “arrasada”, disse a prima.

    “Ela disse que precisava ir embora. Fomos pegar nossos casacos e antes de chegar lá minha prima me disse que ele (Daniel Alves) a havia machucado muito e ejaculado dentro dela”, disse a testemunha.

    Daniel Alves, vestido com calça jeans azul, uma camisa branca e um casaco escuro, sentou impassível na primeira fila do tribunal durante o depoimento.

    As duas testemunhas afirmaram que a amiga estava inicialmente relutante em apresentar queixa porque estava preocupada que não acreditassem nela. Desde então, perdeu muito peso, não consegue trabalhar e sofre de ansiedade, mal saindo de casa, acrescentaram.

    A própria mulher depôs em uma sessão a portas fechadas, falando atrás de uma tela e com a voz distorcida para proteger sua identidade.

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