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    Defesa de Robinho recorre ao STJ enquanto aguarda decisão de Fux no STF

    Advogados do ex-jogador já apresentaram dois recursos ao STF para tirá-lo da prisão; Ministro mandou PGR se posicionar

    Robinho durante audiência de custódia na sede da Justiça Federal de Santos
    Robinho durante audiência de custódia na sede da Justiça Federal de Santos Reprodução

    Teo Curyda CNN

    Brasília

    A defesa de Robinho recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) enquanto aguarda o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se o ex-jogador de futebol deve permanecer preso. Este é o terceiro recurso apresentado pelos advogados de Robinho em duas semanas.

    O novo recurso, o primeiro ao STJ, foi apresentado na noite desta quinta-feira (4). Trata-se de embargos de declaração e tem o objetivo de esclarecer contradições ou omissões da decisão do STJ.

    Em regra, este recurso não tem o poder de alterar a decisão e serve apenas para sanar os pontos que não ficaram claros ou que não foram abordados.O recurso foi apresentado horas depois de o ministro Luiz Fux, do STF, determinar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre outros dois habeas corpus da defesa de Robinho. O documento foi protocolado às 23h32.

    O STJ validou a sentença italiana que condenou o ex-jogador a nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo no dia 20 de março. Desde então, a defesa recorreu ao STF em duas ocasiões. O ministro Luiz Fux é relator dos dois pedidos e determinou a tramitação conjunta deles nesta quinta.O primeiro foi apresentado horas depois de o STJ validar a sentença. A defesa pediu que o ex-jogador não fosse preso até que todos os recursos contra ele fossem analisados.

    Os advogados sustentavam que a ordem do STJ estava em desarmonia com a jurisprudência do STF – que prevê que a prisão só pode acontecer após todos os recursos cabíveis serem julgados pela Justiça –, contrariava o princípio da ampla defesa, do devido processo legal e representava violação do direito e ir e vir de Robinho.

    Em sua decisão, o ministro afirmou que o STJ não violou normas constitucionais, legais ou de tratados internacionais e que não houve coação ilegal ou violência contra a liberdade de locomoção de Robinho. Fux rejeitou o apelo da defesa e manteve a ordem de prisão.

    Nesta segunda-feira (1º), a defesa pediu que o ministro reconsidere aquela decisão. Os advogados solicitaram ainda que, caso não reconsidere sua decisão, Fux encaminhe o pedido da defesa para que os ministros o analisem no plenário do STF.

    Já o segundo recurso foi apresentado no dia seguinte à ordem do STJ. Neste habeas corpus, a defesa pedia que Fux reconhecesse a incompetência do STJ de determinar a prisão de Robinho e que, com urgência, suspendesse a ordem de prisão para que o ex-jogador fosse solto de maneira imediata.

    Os advogados alegam que não é atribuição do STJ autorizar a prisão imediata do ex-jogador. A defesa sustenta que a Constituição Federal estabelece ao STJ a competência de processar e julgar a homologação de sentenças estrangeiras.

    Para os advogados, compete à Justiça Federal em Santos dar cumprimento à sentença que condenou Robinho e ordenar sua prisão.“Também de forma ilícita, [o STJ] acabou por determinar o imediato cumprimento da pena, sem que a parte interessada (Governo da Itália e Parquet) realizasse o indispensável requerimento previsto na Lei de Ritos”, sustentam os advogados.

    “O Superior Tribunal de Justiça fere de morte o inarredável princípio constitucional do devido processo legal, atuando não como uma Corte de Justiça, mas sim como parte interessada na demanda, o que não se pode admitir, com renovadas vênias”, diz a defesa.A decisão do ministro, tanto no questionamento à sua ordem inicial como no segundo recurso apresentado pela defesa, será tomada após o envio do parecer pela PGR.

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