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    Seabra desabafa e fala sobre demissão no Cruzeiro: “Não fazia sentido”

    Fernando Seabra abriu o jogo sobre a demissão no Cruzeiro, em 23 de setembro; diretoria contratou Fernando Diniz para o cargo

    Pedro Leiteda Itatiaia

    Técnico do RB Bragantino, Fernando Seabra falou pela primeira vez sobre a demissão no Cruzeiro, em setembro. O comandante revelou ter sido pego de surpresa pela diretoria celeste. Ele disse que esperava ter continuado no cargo tendo em vista o bom resultado contra o Libertad-PAR no jogo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana.

    “A gente estava ciente da necessidade de apresentar uma recuperação em relação aos resultados. No Campeonato Brasileiro, tivemos uma queda muito evidente em relação ao que estava sendo feito no primeiro semestre. Naquele momento especificamente, me pegou de surpresa, sim”, avaliou Seabra em entrevista ao UOL nesta segunda-feira (25).

    Apesar do bom início sob o comando do Cruzeiro, Seabra sofreu com instabilidades no cargo. Quando enfrentou o Libertad-PAR, o time celeste amargava uma sequência de uma vitória em nove jogos no Campeonato Brasileiro. Ainda assim, os celestes deram a volta por cima, venceram no Paraguai por 2 a 0 e encaminharam a vaga à semi da Sul-Americana.

    “A gente vence o Libertad-PAR em um jogo muito bom. Desde o jogo contra o Botafogo, foi nossa melhor partida, e a gente tem um jogo fora contra o Cuiabá, um time complicado de jogar fora. Lembro que, quando a gente sai de Belo Horizonte, a temperatura estava por volta de 22ºC. Em Assunção, estava 32ºC à noite”, disse Seabra.

    Três dias depois do resultado positivo, o Cruzeiro enfrentou o Cuiabá, e Seabra mandou a campo um time alternativo para preservar o elenco, o que não agradou a diretoria. A Raposa não teve grande desempenho e apenas empatou em 0 a 0, na Arena Pantanal. No dia seguinte à partida, em 23 de setembro, o clube anunciou a demissão do técnico.

    “Jogamos três dias depois contra o Cuiabá carregando o cansaço. A gente vai fazer o jogo sabendo que tínhamos que tomar decisões pessoais. ‘Esse precisa jogar. Esse joga parcial. Esse é melhor não jogar’. Baseado nesse critério, o que seria melhor para cada um, porque aquele time naquele momento deu uma resposta boa. Ele sinalizou que essa reação iria se consolidar nos próximos dias”, contou o técnico.

    Leia, na íntegra, as justificativas de Seabra sobre escalações e desempenho

    “A ideia era preservar esse time (que venceu o Libertad-PAR), priorizar aqueles que jogaram menos. O desempenho contra o Cuiabá não foi de encher os olhos. Conseguimos, na reta final, principalmente, sermos mais pungentes para buscar o resultado. Tivemos uma expulsão, e mesmo assim buscamos o gol. Então, você sai para jogar dois jogos fora de casa e volta com quatro pontos, você não espera ser demitido nessa hora.

    Embora eu soubesse que, por outro lado, a direção me respaldou em muitos momentos que não tivemos resultado no Campeonato Brasileiro. Em alguns momentos em que o desempenho em um período do jogo foi ruim. O primeiro tempo contra o Vitória, o segundo tempo contra o Criciúma, nós não desempenhamos bem. Contra o São Paulo, também não fizemos o que gostaríamos de fazer.

    Existe um copo meio cheio e meio vazio. Mas, naquele momento, achei que não fazia sentido. A gente sofreu com problemas físicos de muitos jogadores. Eles foram se recuperando, retornando. Contra o São Paulo, a gente teve a entrada para jogar 30 minutos, do Verón e do Lautaro. Eles não podiam jogar os 45 minutos.

    (…) A sensação era que o pior momento tinha passado. Em certos momentos, me gerou uma certa apreensão se o clube poderia optar por um rompimento. Com o retorno desses jogadores e a resposta contra o Libertad, eu entendi que abrimos o horizonte, que voltaríamos a crescer”.

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