Narrador relata tentativa de invasão à cabine de transmissão da rádio durante Londrina x Cruzeiro
Confusão foi iniciada após torcedores do time paranaense identificarem um gesto do locutor da Itatiaia como uma provocação; jogadores do Raposa tentaram intervir, mas foram contidos por forças de segurança
Torcedores do Londrina tentaram invadir nesta terça-feira (10) a cabine de transmissão da rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, após a partida entre o time paranaense e o Cruzeiro, válida pelo Campeonato Brasileiro Série B, no Estádio do Café, em Londrina.
O time mineiro venceu por 2 a 1.
Ao final da narração do confronto, é possível ouvir a ação dos torcedores enquanto o locutor Osvaldo Reis Pequetito relata a tentativa de invasão. O áudio local chega a ser interrompido.
“Está difícil aqui. Estão tentando bater na porta. Já arremessaram coisas aqui na cabine…”, descreveu Pequetito aos outros colegas de transmissão. “Estão tentando invadir a nossa cabine”, continuou.
“Já avisei a polícia, e a turma do Cruzeiro e os seguranças estão querendo ir lá ajudar”, acrescentou.
Segundo o locutor, a confusão foi iniciada após torcedores do Londrina terem entendido um suposto aceno de Pequetito após o gol da Raposa como uma provocação.
“Falaram que eu dei ‘tchauzinho’. Eu jamais faria isso. Eu vibrei, podem ver, com o gol e falei: ‘Voltou para a série A'”, justificou.
Ainda de acordo com Pequetito, a invasão só foi contida porque ele e o operador Flávio Cândido usaram um banco para segurar a porta das investidas.
“Tem um banco aqui, se não é esse banco, que é aquele banco de escola, porque não tem cadeira pra gente… se o Flavinho não corre rápido e coloca o banco como proteção, como anteparo, eles tinham invadido a nossa cabine”, apontou.
A ida dos atletas até o local da confusão relata por Pequetito foi confirmada pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique em súmula.
“Informo que após o término da partida, enquanto a equipe visitante, Cruzeiro EC, dirigia-se para seu vestiário, alguns jogadores foram ao portão que dá acesso às cabines de transmissão, necessitando serem contidos pelas forças de segurança (seguranças e policiamento)”, descreveu Lima Henrique.
Em contato telefônico com a Polícia Militar do Paraná, a CNN foi informada que, neste horário, só é possível obter informações a respeito de Curitiba e da região metropolitana.
