Cruzeiro pede que torcida pare com cantos homofóbicos após jogo com o Grêmio
Nas redes sociais, clube afirmou esperar que cantos com este caráter "nunca mais esteja em nossos ou quaisquer outros jogos"
O Cruzeiro criticou, através de uma publicação em suas redes sociais, cantos homofóbicos que foram entoados pela torcida do clube mineiro contra os rivais do Grêmio.
O episódio ocorreu durante partida da Série B do Campeonato Brasileiro, realizada no estádio Independência, em Belo Horizonte (MG), na tarde deste domingo (8).
Na publicação, o time diz que “temos a torcida mais incrível e não precisa de cantos homofóbicos para demonstrar isso”. O clube ainda afirmou esperar que qualquer canto “nesse sentido nunca mais esteja em nossos ou quaisquer outros jogos”.
Temos a torcida mais incrível e NÃO PRECISAMOS DE CANTOS HOMOFÓBICOS para demonstrar isso.
O Cruzeiro reitera o pedido para que qualquer canto nesse sentido nunca mais esteja em nossos ou quaisquer outros jogos. Combinado assim?
— Cruzeiro 🦊 (@Cruzeiro) May 8, 2022
Em novembro de 2021, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) condenou o Flamengo por conta de cantos homofóbicos de sua torcida durante o jogo contra o Grêmio, nas quartas de final da Copa do Brasil, no dia 15 de setembro. A decisão foi unânime, e o clube foi penalizado com uma multa no valor de R$ 50 mil.
O clube carioca foi enquadrado no artigo 243-G, que julga um “ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.
Pedidos para que as torcidas parem com esse tipo de canto têm ocorrido também em outros países. Em agosto de 2021, durante uma partida da Premier League, na Inglaterra, o meio-campista do Norwich City Billy Gilmour foi alvo de gritos homofóbicos de alguns torcedores do Liverpool. Na ocasião, a conta do Liverpool no Twitter disse que o cântico era “ofensivo e inapropriado”.
“Pedimos aos torcedores que se lembrem dos valores inclusivos do clube e evitem usar gritos ofensivos no futuro”, afirmou.