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    Corinthians deve fechar ano no vermelho em R$ 237,8 milhões; entenda

    Timão esperava fechar 2024 no azul em R$ 17,4 milhões, mas mudanças em regras e receita menor alteram resultado

    Raul Mourada CNN

    O Corinthians deve voltar a fechar um ano no vermelho. Em documento enviado para conselheiros do clube, o rombo previsto é de R$ 237,8 milhões.

    O valor é muito diferente do que foi previsto no orçamento do clube para a temporada. No começo de ano, o Timão previa fechar 2024 no azul, com superávit de R$ 17,5 milhões. Ainda de acordo com justificativa apresentada no próprio documento, o valor da dívida ficou acima por quatro motivos que não eram esperados no orçamento.

    São elas: R$ 37 milhões de despesas com jogos, R$ 40 milhões em despesas financeiras, R$ 32 milhões em despesas com o PROFUT e mais de R$ 140 milhões por conta de uma mudança na regra contábil de formação de atletas.

    Diferença entre orçamento e resultados finais do Corinthians em 2024
    Diferença entre orçamento e resultados finais do Corinthians em 2024 • Reprodução/Corinthians

    De acordo com o Timão, “até 2023, a contabilização do custo de formação de atletas das categorias de base era entendida como ativo. . Ou seja, esses custos e despesas eram revertidos do resultado para o ativo do balanço. A partir de 1º de janeiro de 2024 a regra mudou e os clubes tiveram que contabilizar como despesas esses valores acumulados no balanço patrimonial em seu resultado”.

    Outro fator determinante para a diferença do resultado entre orçamento e o balanço final é a da receita bruta, que foi de R$ 761 milhões para R$ 701 milhões. Um exemplo é o valor arrecadado com patrocínios, já que o Timão tinha orçado R$ 263,1 milhões, mas recebeu, na realidade, R$ 178,1 milhões.

    Sendo assim, a dívida bruta do Timão saltou para R$ 2,39 bilhões de reais. O montante é somado de R$ 1,7 bi do clube com os R$ 657 milhões da dívida com a Caixa Econômica Federal em relação ao estádio.

    Lado do Corinthians

    Na tarde desta sexta-feira (6), o Corinthians divulgou nota oficial e revelou que os valores ainda podem ser alterados até o fim do ano, já que novas receitas podem ser adicionadas no balanço.

    “A diretoria estatutária do Sport Club Corinthians Paulista enviou na tarde de ontem, quinta-feira, a previsão de resultado de 2024 e a peça orçamentária de 2025 para apreciação dos devidos órgãos internos do clube. É lamentável que, um material de tamanha sensibilidade, que ainda não passou pelos procedimentos internos, tenha vazado para a imprensa em tão pouco tempo. 
    Independente disso, dada a repercussão, é nosso papel explicar e tranquilizar a Fiel Torcida perante as notícias em tom alarmante falam em “rombo” de R$ 237 milhões. 
    Primeiro ponto: o resultado ainda não está fechado. Essa é uma previsão e os valores podem ser alterados até o fim do ano. 
    Segundo ponto: em 2024, o clube teve que fazer dois grandes ajustes contábeis em sua demonstração de resultado: 
    1. Revisão da dívida tributária (R$ 109 milhões): assim como já publicado em nota meses atrás, essa gestão reconheceu dívidas tributárias incorridas de anos anteriores, entre municipais e federais.
    2. Atualização de norma contábil (ITG 2003 – R2) para contabilização de custo de formação de atletas (R$ 141 milhões): Até 2023, a contabilização do custo de formação de atletas das categorias de base era entendida como ativo. Ou seja, esses custos e despesas eram revertidos do resultado para o ativo do balanço. A partir de 1º de janeiro de 2024 a regra mudou e os clubes tiveram que contabilizar como despesas esses valores acumulados no balanço patrimonial em seu resultado. Sendo assim, como a regra demanda, o Corinthians fará esse ajuste este ano, e portanto, o valor acumulado no balanço de anos passados, em sua totalidade, serão apresentados como despesas em 2024.
    Essas ações reforçam o compromisso da diretoria do Sport Club Corinthians Paulista com a regularização das finanças do clube, garantindo uma administração financeira sólida e transparente que assegure a sustentabilidade futura da instituição.”

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