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    Bola de Ouro anuncia novo prêmio nomeado em homenagem a Sócrates

    De acordo com os organizadores, a premiação por causas sociais será entregue anualmente às "melhores ações de solidariedade promovidas por campeões comprometidos"

    Léo Lopesda CNN

    em São Paulo

    A revista esportiva France Football, organizadora da “Bola de Ouro“, anunciou, nesta quarta-feira (21), que a cerimônia do prêmio deste ano será marcada por uma nova categoria, nomeada em homenagem ao ídolo da Democracia Corinthiana, Sócrates.

    O “Prêmio Sócrates” será entregue a futebolistas que se destacaram pelo envolvimento em projetos sociais e beneficentes.

    A premiação acontece no dia 17 de outubro, no teatro Chatelet de Paris, a partir das 15h30, no horário de Brasília.

    De acordo com a France Football, a escolha de Sócrates aconteceu por causa do papel do jogador brasileiro na Democracia Corinthiana.

    “Em plena ditadura militar no Brasil, na década de 1980, a equipe do Corinthians fez a ousada escolha de submeter todas as decisões do clube a votação”, afirmou a revista, em comunicado.

    A criação do prêmio surge de uma parceria que também envolve o jornal francês L’Équipe e a organização Peace and Sport.

    “Há um número crescente de atletas dispostos a assumir o controle de sua imagem e demonstrar seu compromisso com a construção de sociedades mais justas e inclusivas. Mais do que nunca, a exposição mediática do futebol e dos futebolistas implica assumir uma responsabilidade social”, afirmou a Peace and Sport.

    Como exemplo de ação social que seria digna do prêmio, os organizadores citaram o jogador inglês Marcus Rashford, que, em 2020, impulsionou uma grande mobilização no Reino Unido pela garantia de alimentação para crianças  durante o fechamento das escolas no auge da pandemia de Covid-19.

    A família do falecido volante brasileiro também está envolvida na criação do “Prêmio Sócrates”. O júri deste ano contou com o irmão mais novo de Sócrates e ídolo são-paulino, Raí.

    “Sócrates sempre acreditou no poder do esporte de mobilizar e transformar a sociedade para torná-la mais igualitária. Ele demonstrou isso como jogador através de sua luta pela democratização do Brasil durante a experiência revolucionária da Democracia Corinthiana”, relembrou Raí, em comunicado.

    “Onze anos após sua morte, ele continua sendo o símbolo do campeão comprometido com um mundo mais justo”, acrescentou.