CBF responde Justiça do Rio sobre ausência de camisa 24 na seleção
A ação do Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT cobrava esclarecimento pelo fato de time brasileiro ser o único da Copa América a não usar o número
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) respondeu à Justiça do Rio de Janeiro sobre o motivo da seleção brasileira ser a única que disputa a Copa América a não usar o número 24 para identificar seus jogadores. A exigência foi do juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível, que chegou a fixar multa diária de R$ 800 caso não tivesse resposta.
A CNN teve acesso ao documento encaminhado pelos advogados da CBF ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), em que alegam que a “numeração utilizada pelos atletas tem relação com questões desportivas apenas” e que o “regulamento inicial da Conmebol Copa América 2021 (“Competição”) determinava que apenas 23 jogadores poderiam ser inscritos.”
A defesa ainda ressalta que está “comprometida não apenas em gerir o futebol de forma a promover o desenvolvimento social e a redução de desigualdades econômicas e regionais, como também com o repúdio ao racismo, à xenofobia e a quaisquer outras formas de discriminação e intolerância social, política, sexual, religiosa e socioeconômica.”
O escritório NN Advogados, que representa o Grupo Arco Íris de Cidade LGBT, associação sem fins lucrativos que defende os direitos da comunidade LGBTQIA+, informou que está analisando os próximos passos.
A movimentação desta ação começou na última quarta-feira (30). Na petição, apresentada pelo advogado Carlos Nicodemos, o grupo Arco Íris da Cidadania LGBT afirmava que “o fato de a numeração da seleção brasileira pular o número 24, considerando a conotação histórica cultural envolta nesse número de associação aos gays, deve ser entendido como uma clara ofensa à comunidade LGBTI+ e como uma atitude homofóbica.”