Com reservas, Brasil perde para Camarões, mas se classifica em primeiro lugar
Nas oitavas, Brasil enfrentará a Coreia do Sul; Suíça também avança pelo grupo G e jogará contra Portugal
Jogando com o time reserva, a Seleção Brasileira perdeu, nesta sexta-feira (2), para Camarões por 1 a 0 pela terceira e última partida da fase de grupos da Copa do Mundo no Catar. Mesmo derrotado, o Brasil garantiu a liderança do grupo G do Mundial.
Com o primeiro lugar no grupo assegurado, a Seleção Brasileira enfrentará nas oitavas de final a Coreia do Sul de Son Heung-min, Kim Min-jae e companhia na segunda-feira (5), às 16h (horário de Brasília).
Na outra partida do grupo, a Suíça venceu a Sérvia por 3 a 2 e garantiu a segunda vaga do grupo G. Pelas oitavas, os suíços enfrentarão a seleção de Portugal na terça-feira (6), às 16h.
Veja o que aconteceu no jogo e estatísticas
O gol da derrota brasileira foi marcado por Vincent Aboubakar, que já tinha sido protagonista do renascimento camaronês no empate em 3 a 3 contra a Sérvia pela segunda rodada da fase de grupos, nos acréscimos do segundo tempo.
Jerome Ngom Mbekeli arrancou pela direita após passe de Olivier Ntcham e cruzou na área para Aboubakar, no meio da zaga brasileira, cabecear no canto esquerdo do goleiro Ederson, que só olhou a bola entrar. O atacante tirou a camisa na hora da comemoração e, como já tinha um cartão amarelo, acabou sendo expulso.
Nessa altura, a Suíça já vencia a Sérvia por 3 a 2 e um quarto gol levaria o Brasil para a segunda colocação do grupo G, já que os suíços igualariam o saldo de gols brasileiros com cinco gols feitos contra apenas três da Canarinho. A reviravolta, porém, não ocorreu.
Ainda que Ederson também tenha sido exigido, a Seleção Brasileira levou mais perigo ao gol de Camarões durante todo o jogo, mas o goleiro Devis Epassy salvou a meta africana e foi o principal responsável pelo lado camaronês para o jogo ter seguido empatado por 90 minutos, até que houvesse o gol de Aboubakar.
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Lamentação de jogadores e saída de Telles
Após o jogo, o lateral-direito e capitão Daniel Alves afirmou que a derrota para Camarões deve ser vista como um "toque de atenção" para a Seleção Brasileira. "Não existe nenhum rival fraco aqui", afirmou.
"Escapou um belo dia para a gente que não estava jogando tanto e não tinha oportunidades", acrescentou, cobrando atenção do Brasil nas oitavas. "Agora, não tem margem para erro", frisou.
Também em entrevista pós-jogo, o volante Fabinho avaliou que o Brasil jogou melhor que Camarões, mas que os africanos levaram perigo em contra-ataques. "Jogos em competições assim são perigosos. Se você não matar (a partida), o adversário só vai precisar de uma chance", destacou.
O Brasil entrou com reservas contra Camarões visando poupar o time para as oitavas - ainda que quase tenha perdido a liderança do grupo G, a seleção já entrou em campo classificada - e evitar lesões como as de Alex Sandro, Danilo e Neymar, mas pode ter ganhado mais uma dor de cabeça: Alex Telles.
O lateral, que já era cotado para substituir Alex Sandro caso ele não voltasse para o mata-mata, sentiu aos 10 minutos do segundo tempo e foi substituído por Marquinhos. No banco de reservas, o jogador foi às lágrimas. Ainda não se sabe o estado físico do atleta.
Além de Alex Sandro e Alex Telles, não há jogadores no Brasil com experiência de atuação na lateral-esquerda. Na direita, além do machucado Danilo e do preterido Daniel Alves, Éder Militão, que atuou improvisado contra a Suíça, e Fabinho também podem jogar por ali.
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100% volta a escapar
Essa é a primeira vez que o Brasil perde um jogo da fase de grupos da Copa do Mundo desde 1998, quando foi derrotado pela Noruega por 2 a 1 com um gol no final do segundo tempo.
Com a derrota contra Camarões, o Brasil também chega a três Copas seguidas sem fechar a primeira fase com três vitórias - a última foi em 2006. Em 2010 e em 2014, a seleção empatou em 0 a 0 com Portugal e México, respectivamente. E em 2018, a Canarinho ficou no 1 a 1 contra a Suíça.
Os três gols nos três jogos da fase de grupos também fazem da campanha no Catar a com menos gols do Brasil na primeira fase de uma Copa do Mundo desde o Mundial de 1978, quando a seleção marcou apenas dois gols.