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    Artur Jorge evita clima de “já ganhou” após goleada do Botafogo na Libertadores

    Técnico avalia partida do Glorioso, que praticamente encaminhou vaga na final do torneio após vitória por 5 a 0

    Guilherme Abrahãoda Itatiaia

    O clima de ‘já ganhou’ está com a torcida do Botafogo. O técnico da equipe, Artur Jorge, evitou falar que o Glorioso está próximo da final da Copa Libertadores, após massacrar o Peñarol-URU no primeiro jogo da semifinal por 5 a 0, no Estádio Nilton Santos.

    O português afirmou que ‘não é de bom senso’ dizer que a vaga está sacramentada. Para ser eliminado na próxima quarta (30) em Montevidéu, o Botafogo precisa perder por seis ou mais gols de diferença.

    “Fizemos um bom jogo nos 90 minutos, ótimo resultado. Vantagem confortável, mas não é de bom senso pensar que está resolvido. A vantagem dá conforto, mas os 90 minutos vão exigir muito. O que tiramos do jogo é mérito nosso. Fomos capazes de ajustar o que precisava. Alguns posicionamentos, dinâmicas, e a equipe deu uma resposta muito consistente. Não só os que começaram, mas também os que entraram. Foi um resultado e um jogo bem feito para continuarmos até a meta final, que é a decisão da Libertadores”, alertou o comandante.

    O técnico destacou a grande atuação da equipe. Mesmo com um ´primeiro tempo sem gols, o Botafogo não mudou sua postura em campo e foi letal na segunda etapa com os gols que deram a excelente vantagem.

    “Estamos no meio do percurso para esta final. A primeira etapa foi muito amarrada para as duas equipes. Não tivemos nenhum erro, mas faltou fazer o suficiente para chegar na baliza. Para nós, quanto mais vivo o jogo tivesse, melhor para nós. Fizemos na segunda etapa conseguir libertar os nossos jogadores da segunda linha de ataque e fazer os gols que eram necessários”, avaliou.

    Mudanças na segunda etapa

    A postura do Botafogo de um tempo para o outro também foi destacada pelo português. No primeiro tempo, o Glorioso fez uma partida abaixo do habitual e viu o Peñarol conseguir equilibrar o jogo.

    “Uma das questões importantes quanto ao posicionamento ofensivo era conseguir desmontar a linha de seis, com bloco mais baixo. A linha de seis se desdobrava com os laterais para atrapalhar nossos meias e alas. Tentamos aumentar um pouquinho a distância que precisariam percorrer. Para sermos capazes de ter a bola com mais critérios para diminuir a possibilidade de o adversário conseguir encurtar. Assim como a velocidade na circulação de bola. Estávamos sendo rápidos na recuperação, execução”, disse Artur Jorge.

    Para ele, o primeiro tempo serviu para o Botafogo analisar melhor a postura do Peñarol, o que foi fundamental para o massacre na segunda etapa.

    “Tivemos uma primeira metade em que acabamos entendendo a dinâmica do adversário. Estávamos bem preparados. A tensão existe, é normal, tinha um estádio cheio, expectativa alta. Precisamos estar preparados. Precisamos controlar nossas próprias expectativas. Acho que faltou um pouquinho na primeira parte. Acabou por acontecer mais no segundo tempo. Fazer gols ajuda a equipe a ir se libertando. É um momento de grande responsabilidade, momento histórico para o clube, os jogos mais importantes da história do clube”, disse.

    Com a vaga na final da Libertadores quase assegurada, o Botafogo volta sua atenção para a Série A do Campeonato Brasileiro. No sábado (26), às 19h (de Brasília), a equipe visita o Red Bull Bragantino, no Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. O Alvinegro lidera a competição com 61 pontos.

     

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