Sérgio Coelho comenta SAF do Atlético-MG e garante: “Vamos resolver o problema”
Presidente vê com bons olhos a transformação do Galo em Sociedade Anônima de Futebol
Presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho comentou nesta sexta-feira (30) o planejamento da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Galo, apresentado no mesmo dia em reunião do Conselho Deliberativo. A transformação do clube em SAF é vista pela direção alvinegra como solução para quitar as dívidas — que giram em torno de R$ 1,8 bilhão.
Coelho comentou a mudança do perfil da SAF do Galo. O clube negociava com o empresário estadunidense Peter Grieve, mas as tratativas não avançaram, e a SAF será composta por administradores atleticanos e de Minas Gerais.
“Houve uma mudança no percurso. Mas esse período aí que o investidor americano trabalhou, ele foi importante para nós. Porque foram feitas diligências, e com isso a gente já adiantou o processo”, iniciou.
“Nós vamos ter uma SAF a ser aprovada pelo Conselho, numa assembleia extraordinária, diferente. Porque vai ser uma SAF onde os investidores serão, em sua grande maioria, atleticanos”, completou Coelho.
A princípio, o plano apresentado pelo colegiado para formação da SAF prevê investimento imediato de R$ 915 milhões. A quantia seria utilizada para quitar dívidas onerosas (com bancos, que geram juros, por exemplo).
As dívidas totais do clube (que incluem a Arena MRV) ficariam sob a responsabilidade da SAF. A nova empresa, chamada Galo Holding, com dois fundos investidores, teria 75% das ações da Sociedade Anônima. O Atlético-MG (associação) ficaria com 25%.
Patrimônios do clube, como Vila Olímpica, Sede de Lourdes e Labareda, não entrarão na SAF. Arena MRV e Cidade do Galo estarão no pacote. O “valuation” da SAF do Atlético-MG foi estimado em R$ 2,1 bilhões.
“É um projeto bem audacioso, bem diferente, e a gente está feliz. Porque nós vamos conseguir resolver o grande problema do Atlético-MG, que é essa dívida monstruosa”, também disse o presidente.
Uma nova reunião será marcada para julho, na qual serão discutidos os detalhes da SAF do Atlético-MG. O grupo de compradores deve contar também com investidores atuais, que formam o colegiado. São eles: Rubens Menin, Ricardo Guimarães, Renato Salvador e Rafael Menin, os chamados 4Rs do Atlético.
O empresário Marcelo Patrus, ligado ao ramo de transportes, também deseja ser um dos acionistas da SAF do Atlético. Há outros dois possíveis interessados em fazer parte do processo.
O primeiro deles é o grupo J. Mendes, com sede em Itaúna, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O segundo é o Grupo Super Nosso.
