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    Scarpa comenta novo capítulo de imbróglio com Willian Bigode: “Vão pagar”

    Os jogadores travam batalha na Justiça paulista desde 2022, pelo caso das criptomoedas

    Henrique Andréda Itatiaia

    A batalha judicial entre Gustavo Scarpa e Willian Bigode no caso das criptomoedas ganhou mais um capítulo nesta semana. Desta vez, o meia do Atlético-MG pediu bloqueio de mais de R$ 5 milhões do atacante do Santos. Este montante seria parte da rescisão do jogador com o Fluminense, assinada em janeiro, que superou R$ 7,2 milhões.

    No documento, a defesa de Scarpa destaca que o valor “não irá comprometer a renda familiar” de Willian, devido ao patrimônio construído pelo jogador ao longo de sua carreira profissional.

    “Novela desagradável de viver, mas a gente segue lutando pela justiça. Estou feliz. O caso está caminhando bem. Estamos com decisões muito favoráveis. Não esperava menos que isso”, comentou Scarpa durante entrevista coletiva concedida nesta sexta (14), na Cidade do Galo.

    “Estamos tentando recuperar um dinheiro justo de ser recuperado. Vou atrás de todas as formas possíveis, do jeito que der. Tenho certeza de que a justiça será feita e os responsáveis vão pagar por isso”, acrescentou.

    Próximo passo

    O pedido do camisa 6 do Atlético-MG agora será julgado pelo juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, onde o caso se arrasta desde 2022.

    Relembre o caso

    Os jogadores Gustavo Scarpa e Mayke entraram na Justiça após perderem cerca de R$ 10,3 milhões em investimentos em criptomoedas, indicado pela empresa de gestão financeira WLJC, que tem o atacante Willian Bigode, do Santos e na época do Palmeiras, como um dos sócios.

    Os três jogaram juntos no Verdão entre 2018 e 2021. O investimento foi feito para a empresa Xland Holding Ltda, por intermédio da Soluções Tecnologia Eireli. Era prometido um retorno de 3,5% a 5% ao mês.

    Scarpa, atualmente no Atlético-MG, investiu R$ 6,3 milhões na empresa do amigo. Como não obtinha retorno e resultados, o meio-campista solicitou a rescisão contratual com a Xland Holding Ltda.

    Nessa época, Scarpa foi informado de que teria o dinheiro de volta num prazo de 30 dias úteis e que o pagamento do valor investido seria reembolsado. Nada disso, no entanto, ocorreu. Um novo prazo foi estipulado, mas novamente o dinheiro não foi devolvido ao jogador.

    O lateral-direito Mayke, que ainda joga no Palmeiras, viveu situação parecida. O atleta fez um investimento de R$ 4 milhões na Xland Holding. Pelo mesmo motivo, ele também solicitou o resgate da rentabilidade em outubro do ano passado, quando a empresa de Willian Bigode se comprometeu a realizar o pagamento em até dez dias úteis. O valor não foi devolvido até hoje.

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