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    Atlético-MG: zagueiro iria para clube europeu antes de esquema de apostas

    Vítor Mendes, emprestado pelo Galo ao Fluminense, foi afastado preventivamente nessa terça (9) após ser citado pelo MP

    Vitor Mendes, jogador do Fluminense.
    Vitor Mendes, jogador do Fluminense. Marcelo Gonçalves / Fluminense

    Leonardo GimenezTúlio KaizerLeonardo Parrelada Itatiaia

    Afastado pelo Fluminense após ser citado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) na Operação Penalidade Máxima II, o zagueiro Vitor Mendes esteve próximo de ser vendido pelo Atlético no ano passado, o que evitaria sua suposta participação no esquema de manipulação de resultados.

    Em setembro de 2022, quando o defensor estava emprestado pelo Galo ao Juventude, Vitor Mendes estava acertado com o Ludogorets, da Bulgária, e a transferência só não se concretizou porque ele não conseguiu visto de trabalho do país europeu. Como ele não poderia ser inscrito nas competições europeias, o clube desistiu da negociação.

    O imbróglio aconteceu porque a janela de transferências internacionais para a Bulgária fechou em 6 de setembro. Sem passaporte europeu, o Ludogorets tentou viabilizar um visto de trabalho para Vitor Mendes, mas não obteve êxito na ação.

    Zagueiro embolsou R$ 35 mil por um cartão amarelo

    Em 18 de setembro, prints apontam que Vitor Mendes teria recebido R$ 35 mil para levar um cartão amarelo no jogo entre Juventude e Fortaleza. No duelo, válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2022, o zagueiro recebeu o cartão amarelo.

    Nos anexos da denúncia, há um comprovante de que o jogador recebeu um outro PIX de R$ 5 mil em 21 de outubro de 2022 da BC Sports Management. A empresa tem como sócio Bruno Lopez, preso preventivamente, apontado como um dos chefes da quadrilha de manipulação de resultados.

    Outro documento anexado na denúncia é um print de conversa no Whatsapp em que o zagueiro cobrou o pagamento da quantia acertada com os apostadores.

    Afastamento do Fluminense

    Na noite dessa terça-feira (9), o Fluminense afastou o zagueiro, de 24 anos, de forma preventiva. O envolvimento de Vitor Mendes no esquema de apostas foi divulgado inicialmente pela Itatiaia. “O Fluminense FC informa que o atleta Vitor Mendes está afastado preventivamente das atividades do clube”, publicou o clube.

    O zagueiro estava relacionado para o jogo contra o Cruzeiro, nesta quarta-feira (10), às 21h30 (horário de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte, pelo Campeonato Brasileiro. Ele foi cortado da lista já na capital mineira.

    Outro lado

    Procurado, o Fluminense optou por não se manifestar neste momento. O Atlético, que detém os direitos econômicos de Vitor Mendes, não retornou aos contatos da reportagem até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso os clubes se manifestem.

    A Itatiaia também procurou o empresário do atleta e estamos aguardando um posicionamento.

    Operação Penalidade Máxima II

    A Justiça de Goiás acatou nova denúncia oferecida pelo Ministério Público do estado (MP-GO) no âmbito da Operação Penalidade Máxima II, que investiga a manipulação de resultados no futebol com o envolvimento de jogadores e intermediários. Agora, os 17 citados são réus e têm um prazo de dez dias para responder as acusações. Desses, cinco são atletas profissionais.

    A decisão é da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Capitais do Estado de Goiás.

    • Eduardo Bauermann (Santos)
    • Victor Ramos (à época na Portuguesa)
    • Igor Carius (à época no Cuiabá)
    • Paulo Miranda (à época no Juventude)
    • Fernando Neto (à época no Operário-PR)

    Outros quatro jogadores colaboraram com as investigações e não foram denunciados pelo MP-GO. Onitlasi Moraes Rodrigues Júnior (à época no Juventude), Kevin Lomónaco (Bragantino), Nikolas Santos de Farias (Novo Hamburgo) e Emilton Pedroso Domingues (Inter de Santa Maria) receberam valores e concordaram com a manipulação, mas auxiliaram o órgão público nas investigações.

    Em 16 de março, a Justiça do estado de Goiás já havia aceitado a denúncia da primeira fase da mesma operação. Além de acatar a denúncia nesta terça-feira (9), a Justiça manteve a prisão preventiva dos seguintes denunciados: Bruno Lopez de Moura (apontado como chefe do esquema), Thiago Chambó Andrade (aliciador/intermediário) e Romário Hugo dos Santos (ex-jogador e também aliciador).

    Procurado pela CNN, o advogado Ralph Fraga, que defende Bruno Lopez, optou por não se manifestar em relação à denúncia feita pelo MP.

    Este conteúdo foi criado originalmente em Itatiaia.

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