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    Alisson vira “espectador” após passar dois jogos sem precisar realizar defesas

    Consistência defensiva do Brasil impossibilitou que Sérvia e Suíça levassem perigo para o gol brasileiro

    Alisson Becker após jogo entre Brasil e Suíça pela Copa do Mundo no Catar
    Alisson Becker após jogo entre Brasil e Suíça pela Copa do Mundo no Catar Lucas Figueiredo/CBF

    Marcio Dolzan e Ricardo Magatti, do Estadão Conteúdo

    O goleiro Alisson Becker passou os dois primeiros jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo no Catar – contra a Sérvia e contra a Suíça – sem precisar fazer uma única defesa, virando quase um espectador dentro de campo.

    Esta é a primeira vez em 24 anos que uma seleção passa os dois primeiros jogos sem ver sua meta ameaçada, e apenas a segunda nos últimos 56 anos. Os dados, levantados pela empresa Optasports, especializada em estatísticas esportivas, retratam de forma mais clara a solidez defensiva do Brasil.

    “É uma marca da nossa equipe. Nossos números falam por si só. Mas isso não é só trabalho da linha defensiva: a marcação começa com os atacantes, com o trabalho que estamos fazendo. É um trabalho de equipe”, avaliou Alisson.

    Até aqui, o goleiro do Liverpool foi acionado apenas em interceptações pelo alto, sem qualquer perigo. Na estreia, a Sérvia deu cinco chutes, mas nenhum deles tomou o caminho do gol. A Suíça, por sua vez, finalizou quatro vezes, mas todas foram bloqueadas antes mesmo de chegarem em Alisson.

    “Nossa equipe defende muito bem. Não é só defender com os zagueiros, meio campo ou laterais. Começa com os caras lá na frente”, reforçou o preparador de goleiros da seleção, o ex-goleiro Taffarel, campeão do mundo na Copa de 1994. “A gente aprendeu, de uns anos pra cá, que o Brasil não é só espetáculo”, disse.

    Em entrevista coletiva, Taffarel considerou que o fato de Alisson não ter sido exigido até o momento na Copa do Mundo não atrapalha sua preparação para o restante do Mundial. “A gente vê ele muito ligado e atento no jogo, e isso é uma forma de também participar. Às vezes comunicando, acompanhando 100% as jogadas”, pontuou.

    “Ele está focado, ele quer participar, ele está preparado. Ele veio para a Copa mostrar o seu trabalho também. Mas eu sei que para o treinador e para quem está de fora, é muito melhor quando ele não participa”, afirmou.

    Além do Brasil, somente Polônia e Marrocos ainda não levaram gols no Mundial do Catar. Considerando toda a temporada, a seleção foi vazada apenas três vezes nos dez jogos que disputou.

    Essa solidez defensiva acompanha a seleção desde que Tite assumiu a seleção, em meados de 2016, e ganhou ainda mais corpo no ciclo que levou a seleção ao Catar. Em 17 jogos das Eliminatórias, o time sofreu apenas cinco gols, encerrando o qualificatório de forma invicta.

    “Quando terminamos o jogo sem gols, nos cumprimentamos e a primeira coisa que dizemos é: boa, mais um jogo zerado”, disse o zagueiro Marquinhos. “Sabemos da qualidade que temos na frente. Se o sistema defensivo for sólido, sem tomar gol, a gente vai criar chances e fazer um golzinho. Confio nos meus atacantes”, afirmou.

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