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    Campeão em Wimbledon, Alcaraz precisa de novos rivais nesta nova era do tênis

    Nova safra de tenistas promissores parece estar muito atrás do fenômeno espanhol

    Martyn Hermanda Reuters , Londres

    O sérvio Novak Djokovic ainda estava tentando digerir a perda de sua coroa de Wimbledon para o espanhol Carlos Alcaraz quando um repórter perguntou se o confronto deste domingo (17) era o início de uma grande rivalidade.

    A ironia não passou despercebida por Djokovic, que, apesar de ainda estar no auge, tem 36 anos e está perto do fim de sua carreira.

    “Espero que sim, pelo meu bem”, disse o sérvio. “Ele vai estar no circuito por um bom tempo… Não sei quanto tempo estarei por aqui.”

    As rivalidades de Djokovic com Roger Federer e Rafael Nadal, para não mencionar Andy Murray, cativaram o esporte por quase duas décadas, mas o tempo está contra ele para formar outra com Carlos Alcaraz. O duelo de cinco sets deste domingo, portanto, deve ser saboreado.

    Certamente, a perspectiva de outro confronto no Aberto dos Estados Unidos em algumas semanas é empolgante, mas se Djokovic poderá ou não estender sua carreira o suficiente para enfrentar Alcaraz regularmente é uma incógnita.

    “Acho que é bom para o esporte, os números um e dois do mundo se enfrentando em thrillers de cinco horas e cinco sets. Não poderia ser melhor para o nosso esporte em geral, então por que não?”, disse Djokovic.

    A realidade, no entanto, é que Alcaraz, número um do mundo, pode ficar sem um rival sério — certamente entre a safra da próxima geração, que parece muito atrás do fenômeno espanhol.

    O italiano Jannik Sinner, de 21 anos, venceu Alcaraz em Wimbledon no ano passado, mas chegou a apenas uma semifinal de Grand Slam até agora, perdendo para Djokovic em três sets na semana passada.

    O novo número quatro do mundo, o dinamarquês Holger Rune, de 20 anos, tem o jogo e a personalidade para formar uma rivalidade com Alcaraz, enquanto o italiano Lorenzo Musetti, de 21 anos, é outro com potencial para intensificar os confrontos com o espanhol.

    Mas nomes como Stefanos Tsitsipas, Daniil Medvedev, Casper Ruud e Andrey Rublev — jogadores que deveriam ter preenchido o vazio após a saída dos veteranos — têm visto Alcaraz passar por eles.

    Federer, Djokovic e Nadal costumam falar sobre a motivação que cada um deu ao outro enquanto a barra era cada vez mais alta.

    Juntos, eles conquistaram 65 títulos de Grand Slam e é de se esperar que Alcaraz encontre alguns adversários para dividir a carga enquanto o tênis entra em uma nova era.

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