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    Bicampeão do mundo: Filipe Toledo fala sobre título e expectativa olímpica

    Destaque do surfe brasileiro, Filipinho falou também sobre a volta de lesão, preparação psicológica e hegemonia brasileira na WSL

    Filipe Toledo é campeão em J-Bay e garante vaga olímpica
    Filipe Toledo é campeão em J-Bay e garante vaga olímpica WSL

    Da CNN

    No último sábado (09), Filipe Toledo levantou, pela segunda vez consecutiva, a taça de campeão da Liga Mundial de Surfe. Este é o sétimo título de um brasileiro nos últimos nove anos na Liga.

    O Filipinho venceu o australiano Ethan Ewing nas duas primeiras baterias e dispensou a necessidade de uma terceira. O surfista conseguiu uma nota alta e, por meio ponto, conseguiu vantagem na primeira disputa. Filipe Toledo apresentou manobras de alto grau de dificuldade, como aéreos e jogadas de força.

    A primeira bateria foi uma das melhores que eu já fiz na minha vida

    Filipinho, em entrevista à CNN Brasil

    Em entrevista à CNN Brasil, o atual bicampeão do mundo falou sobre seu desempenho nas ondas de Lower Trestles, na Califórnia (EUA). ” A primeira bateria foi show de surfe, cheia de oportunidades… venceu quem surfou mais. A segunda bateria… eu moro aqui, isso fez diferença. Eu fiquei cozinhando ele nas primeiros vinte minutos de bateria; eu vi que a maré estava enchendo e ia demorar para vir onda. Já vou colocar duas ondas nele e administrar a prioridade depois. E foi isso que eu fiz, foi mais um jogo de xadrez, mas foi tão legal quanto.”

    Recuperação de lesão e preparação psicológica

    “Foram dois meses de muita preparação. À caminho de J-Bay era treino, surfe e fisioterapia. A dedicação foi máxima”, disse Filipe Toledo ao mencionar a lesão sofrida na etapa de Saquarema, no Brasil. O surfista teve que abandonar a disputa por dores no joelho.

    “Em relação aos pensamentos ruins, é aquela coisa. A insegurança em saber se eu vou conseguir, se vai ser duas vezes seguidas, a história a ser feita… com a minha família toda na praia. É a nossa mente, ela fica tentando nos manipular e levar para o lado mais fraco. Eu tive esses pensamentos, mas eu consegui deixar tudo de lado e entrar no modo competição”

    Filipe sai carregado do mar da etapa de Saquarema, no Brasil
    Filipe sai carregado do mar da etapa de Saquarema, no Brasil / WSL

    Expectativa de Finals e medalha olímpica em 2024

    Filipe já está classificado para as Olimpíadas de Paris, que acontecem no ano que vem, assim como o brasileiro João Chianca. Na próxima temporada, Filipinho pode vencer a medalha olímpica, e se igualar a Ítalo Ferreira, como os únicos a vencerem os Jogos na categoria. “Ter a oportunidade de conquistar uma medalha olímpica é muito incrível. Eu vou dar meu máximo nas Olimpíadas.”

    Ele pode igualar também Gabriel Medina, como os brasileiros com mais títulos da WSL. Medina já conquistou o caneco três vezes, em 2014, 2018 e 2021. “Eu admiro muito o Gabriel, o que ele fez no surfe. Poder me igualar a ele seria incrível, mas ainda há muito trabalho a ser feito. Mas um dia a gente vai chegar lá, sem dúvida nenhuma. Todo muito me pergunta se eu vou só levar o ano… eu não tenho mais 20 anos pela frente para ficar com calma dentro do circuito mundial.”

    Eu sinto que estou no meu auge, na minha melhor fase. Eu tenho que aproveitar esse momento enquanto tiver gás e conseguir surfar por amor, eu vou fazer. Eu tentar tentar a medalha de ouro e mais um título mundial”

    Filipe Toledo, em entrevista à CNN Brasil

    Hegemonia brasileira

    Nos últimos nove anos, o Brasil venceu o título sete vezes: Gabriel Medida – 3 títulos (2014, 2018 e 2021), Filipe Toledo – 2 títulos (2022 e 2023), Ítalo Ferreira – 1 título (2019) e Adriano de Souza – 1 título (2015). O domínio brasileiro foi apelidado pela imprensa mundial de “Brazilian Storm“, a tempestade brasileira.

    Filipe Toledo falou sobre o crescimento do esporte no país. “É difícil falar… falar que os gringos não tem a garra ou determinação para ganhar seria uma mentira. Mas é de um jeito diferente. Pra gente, vindo do Brasil, tudo é mais difícil em relação as oportunidades. Quando a gente pega a oportunidade a gente não deixa ela escapar. O pensamento é: eu nunca tive essa oportunidade, agora que está aqui, não vou deixar escapar de jeito nenhum; a diferença é essa.”

    Brasileiros que participaram da WSL em 2022. Da esquerda para a direita: Gabriel Medina, Tatiana West-Webb, Jadson André, Miguel Pupo, Ítalo Ferreira, Filipe Toledo, Samuel Pupo e Yago Dora.
    Brasileiros que participaram da WSL em 2022. Da esquerda para a direita: Gabriel Medina, Tatiana West-Webb, Jadson André, Miguel Pupo, Ítalo Ferreira, Filipe Toledo, Samuel Pupo e Yago Dora. / Reprodução/ Ítalo Ferreira

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