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    À CNN, executivo do Xbox comenta futuro dos consoles e importância do mercado brasileiro

    Phil Spencer e Todd Howard, da Bethesda, deram entrevista exclusiva a Phelipe Siani

    Phelipe Sianida CNN*

    Afinal, o futuro dos videogames passa também pela evolução dos consoles próprios? Ou, em breve, os eSports e os gamers amadores vão migrar totalmente para computadores e/ou televisores ultramodernos?

    Para desvendar essas dúvidas, a CNN conversou com Phil Spencer, chefe da divisão Xbox e CEO da divisão de jogos da Microsoft, e Todd Howard, diretor e produtor executivo na Bethesda Game Studios, por trás de franquias de sucesso como “Fallout” e “The Elder Scrolls”.

    No papo exclusivo, Spencer foi claro: teremos, sim, uma nova geração de consoles, por mais que já seja possível jogar em Smart TVs ou aparelhos móveis. O executivo comparou o panorama ao das plataformas de streaming de áudio.

    Eu ouço muita música. Mas, mesmo com a chegada do streaming, eu provavelmente tenho mais aparelhos de música em minha casa agora do que nunca. O que deve acontecer é que você verá games disponíveis em vários lugares. Seja jogar na minha TV com um console, ou quando não estiver em casa, usando algo como um PC portátil para jogos. Teremos mais opções para os consumidores escolherem como jogar

    Phil Spencer, executivo do Xbox

    A visão dos estúdios de jogos

    A opinião é compartilhada por Todd Howard, velho amigo de Spencer e executivo de um dos principais estúdios de jogos de videogame, a Bethesda.

    Ele explica que, durante o desenvolvimento de um novo jogo, olha-se “quais são as novas possibilidades que podemos fazer com esse hardware, não importa o que ele é, seja um console próprio, um computador ou em algum lugar na nuvem”.

    Uma das coisas que mais amamos nos videogames como expressão de arte é a tecnologia misturada com o design artístico, a narrativa que cria algo muito, muito único dentro da indústria do entretenimento

    Todd Howard, executivo do estúdio de jogos Bethesda

    Três bilhões de gamers no planeta

    Outro tópico levantado na entrevista foi o modelo de negócios da indústria de games. A compra de novos estúdios e o lançamento de jogos exclusivos por determinados consoles seguirão sendo tendência?

    Phil Spencer começa a resposta especulando que existam, atualmente, 3 bilhões de gamers no mundo. Eles usam diferentes dispositivos para isso, e jogam diversos tipos de games.

    “Quando pensamos no Xbox, uma das principais capacidades que precisamos ter é criar ótimos jogos para todos”, disse o executivo. “Há muito espaço. Pensar em jogos de RPG, como ‘Starfield’, mas também nas pessoas que jogam jogos sociais relativamente simples em seus telefones”.

    Enquanto uma empresa criativa, queremos ter certeza de que temos times e modelos de negócios que funcionem para todos os times de jogadores. Estamos caminhando para 4 bilhões de gamers e queremos que o Xbox tenha jogos para todos eles

    Phil Spencer

    Jogos exclusivos para Xbox

    Apesar da explicação inicial, Spencer não fugiu da pergunta principal e confirmou que, sim, o plano é seguir investindo em jogos exclusivos para os consoles e aplicativos do Xbox.

    “Estamos no começo disso. Olhamos para ‘Starfield’ como o início de uma grande corrida. Lançamos ‘Starfield’, depois ‘Forza Motorsport’. Acabamos de voltar da Gamescon na Alemanha e onde mostramos vários jogos que virão. Teremos ‘Towerborne’, ‘Hellblade II’… É só o começo”, prometeu Spencer.

    Nós lançamos jogos incríveis para as pessoas jogarem, como dissemos, onde preferirem. Pode ser em computadores, nos consoles, na nuvem… Elas podem ir de um para outro, podem comprar os jogos, assinar os jogos. Ter ótimos jogos para serem jogados no Xbox é fundamental para o nosso sucesso

    Phil Spencer

    Importância do mercado e dos criadores brasileiros

    Para encerrar, claro, o Brasil e a força do mercado do brasileiro foram assunto do papo. O executivo do Xbox revelou que pretende visitar o País ainda em 2023.

    “Amo os fãs do Brasil. Temos uma história longa do Xbox no Brasil, focada no mercado daí.”, disse Spencer.

    Por fim, ele concluiu elogiando a comunidade de criadores de jogos brasileira.

    Eu também adoro ver a comunidade de criadores no Brasil crescendo. Estamos começando a ver ótimos jogos vindo de estúdios brasileiros e, como sabemos, o Brasil é um país incrivelmente criativo. Ver esses criadores levando seus jogos ao mundo é uma conquista incrível

    Phil Spencer

    *Editado por Luccas Oliveira

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