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    STJD denuncia Flamengo por cantos homofóbicos da torcida em partida contra o Grêmio

    O caso irá a julgamento na próxima segunda-feira (8)

    Lucas Janoneda CNN , no Rio de Janeiro

    O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) denunciou, nesta quarta-feira (3), o Flamengo por causa de cantos homofóbicos de sua torcida durante o jogo contra o Grêmio, nas quartas de final da Copa do Brasil, no dia 15 de setembro. O processo será julgado na próxima segunda-feira (8). À CNN, o Flamengo afirmou que não irá se pronunciar.

    O clube carioca pode ser enquadrado no artigo 243-G, que julga um “ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.

    O rubro-negro pode perder mandos de campo, em campeonatos nacionais, e receber uma multa de até R$ 100 mil. O caso chegou à Procuradoria do STJD após o Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ apresentar uma “notícia de infração”, por meio de imagens divulgadas na internet.

    “É preciso considerar o fato de que no estádio havia público de mais de 6,5 mil torcedores da equipe mandante, que delirando com o resultado positivo alcançado na competição e embriagados pela alegria, menosprezavam a equipe adversária com cânticos homofóbicos, hipótese configurada nos parágrafos 1º, 2º e 3º do CBJD”, destaca um trecho do processo contra o clube.

    Arbitragem também foi denunciada

    O quarteto de arbitragem do jogo também será julgado na próxima segunda-feira (8). O árbitro Rodolpho Toski, os assistentes Bruno Boschilia e Victor Hugo Imazu dos Santos, e o quarto árbitro Lucas Paulo Torezin foram enquadrados em artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva por não terem relatado o fato na súmula após a partida.

    As penas variam de suspensão de 15 a 360 dias, além de pagamento de multa.

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