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    Rio não planeja aumento na fiscalização de aglomerações durante Copa América

    Brasil deve receber pouco mais de 1.200 estrangeiros para organizar, disputar e cobrir o campeonato

    Estádio do Maracanã
    Estádio do Maracanã Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

    Isabelle Saleme e Pauline Almeida, da CNN, no Rio de Janeiro

    O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou nesta sexta-feira (11) que a cidade não planeja ações adicionais para conter aglomerações durante a realização da Copa América.

    “É a mesma fiscalização que a gente tem sempre. A gente sabe, por exemplo, que jogo do Flamengo e do meu Vascão, apesar de todos os pesares, e dos horários que a gente está jogando agora, também aglomera. A gente tem fiscalizado, tem acompanhado, vamos manter da mesma maneira. Eu acho que o jogo do Flamengo ou do Vascão acaba, especialmente do Vasco, gerando muito mais aglomeração do que, sei lá, entre dois países sul-americanos”, disse durante entrevista coletiva em que detalhou a situação da pandemia na capital fluminense.

    A Secretaria de Ordem Pública disse que vai manter a fiscalização de rotina das medidas sanitárias voltadas à pandemia. Ou seja, as ações serão realizadas de acordo com as denúncias. Outras operações específicas, de acordo com a pasta, serão avaliadas pelo órgão.

    A prefeitura julgou adequado o protocolo sanitário apresentado pela Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol) para a realização do torneio no país. Entre as regras do documento estão a testagem das delegações a cada 48h e o isolamento de atletas e comissões técnicas nos hotéis. Eles só podem sair para treinos, jogos ou alguma questão de saúde.

    “Todo esse plano sanitário apresentado respeita aquilo que é determinado pela Prefeitura do Rio, aquilo que se pode fazer dentro do decreto. Portanto, ontem, o secretário Daniel Soranz me informou que eles estão seguindo o protocolo sanitário adequado para realização desses jogos da Copa América no Rio, tomando os cuidados necessários, para que isso não venha a ser um problema para a cidade”, afirmou.

    Os eventos esportivos estão liberados na cidade, desde que sem público nos estádios. No entanto, é comum a torcida acompanhar os jogos em bares e restaurantes. De acordo com o decreto municipal, os estabelecimentos podem atuar apenas com clientes sentados. Além disso, cada conjunto de mesas e cadeiras pode ter até oito ocupantes e é necessário manter o distanciamento mínimo de 1,5 metro.

    Uma preocupação, no entanto, é a quantidade de pessoas na cidade. O Brasil deve receber pouco mais de 1.200 estrangeiros para organizar, disputar e cobrir o campeonato já a partir dessa semana. Isso sem contar os torcedores. Os hotéis têm expectativa de aumento na taxa de ocupação por causa dos jogos em torno de 20%, segundo Alfredo Lopes, presidente do Sindicato de Hotéis do Rio e do Conselho Deliberativo da unidade fluminense da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (Abih).

    O secretário municipal de saúde Daniel Soranz lembrou que o protocolo apresentado é rígido e não se limita aos estádios. “Se ela seguir o protocolo, a gente vai ter uma situação bastante segura. Mas o protocolo deles é bem rígido, coloca que todos têm que ser testados antes de vir para o Brasil. Tem um percentual grande, mais de 70% das delegações estão totalmente vacinadas”, afirmou Soranz.

    “Eles colocam também a restrição das pessoas nos hotéis e das delegações em circulação pela cidade, com um número limitado de pessoas para cada delegação. E regras também para partida durante o jogo, evitando contatos que não sejam estritamente necessários.”