Real Madrid irá processar presidente da La Liga por acordo de R$ 16 bilhões
O clube anunciou que irá processar o chefe da liga espanhola e da CVC Capital Partners por um acordo comercial que cede o direito das equipes por 50 anos
O Real Madrid irá abrir processo civil e criminal contra o presidente da La Liga, Javier Tebas, e o chefe da CVC Capital Partners, Javier de Jaime Guijarro, sobre o acordo proposto de 2,7 bilhões de euros (cerca de R$ 16 bilhões na atual cotação), que cede os direitos comerciais das equipes por 50 anos.
O Real Madrid também disse nesta terça-feira (10) que vai entrar com uma ação judicial para bloquear a aprovação do acordo planejado, que deve ser votado pelos membros da La Liga.
A La Liga disse na semana passada que o acordo, denominado “Boost La Liga”, fortaleceria seus clubes e lhes daria fundos para gastar em novas infra-estruturas e projetos de modernização, além de aumentar o quanto eles poderiam gastar com os salários dos jogadores.
O Real e o Barcelona, no entanto, se opuseram ao acordo, já que ele dá à CVC uma participação de 10% nos futuros direitos televisivos da liga.
Tebas respondeu ao comunicado com uma mensagem no Twitter em que criticava o presidente do Real, Florentino Perez, por usar “métodos ameaçadores”.
El método amenazante que desde hace años utiliza FP en privado lo traslada ahora a lo público. Clubs e instituciones llevamos años soportando sus amenazas. Desde 2015 contra la venta centralizada, las impugnaciones constantes de acuerdos, la Superliga…
El @realmadrid merece más https://t.co/Cl3EF6ucxp— Javier Tebas Medrano (@Tebasjavier) August 10, 2021
A CVC Capital Partners disse que “o anúncio da ação judicial é totalmente desproporcional e manifestamente infundado”, acrescentando que se reserva ao direito de iniciar qualquer ação judicial disponível para se defender.
Em um comunicado enviado logo após o Real Madrid anunciar a ação legal, a CVC disse que espera que os clubes membros da Liga aprovem o acordo, que descreveu como “benéfico para todos”.
O presidente do Barcelona, Joan Laporta, disse na semana passada que o acordo era como “hipotecar os direitos do clube ao longo do próximo meio século” e disse que o rejeitaria, embora isso ajudasse a aliviar os problemas financeiros dos catalães e lhes permitisse contratar Lionel Messi, que deixou o Barça, para um novo contrato com o PSG.
A liga espanhola disse na semana passada que não está preocupada com as movimentações legais do Real Madrid e que as disputas legais entre as duas entidades são comuns.