Olimpíadas dia #17: Punição na marcha e suspensão de Tandara frustram Brasil
Erica Sena brigava pela prata na marcha atlética, mas infração tirou o pódio da brasileira. Mais cedo, oposto da seleção feminina de vôlei caiu no doping


A delegação brasileira foi abalada por duas notícias frustrantes neste dia olímpico, a maior delas tirou do Brasil a 20ª medalha em Tóquio.
Erica Sena disputava com destaque a marcha atlética 20 km e brigava pela prata na reta final da prova, concluída no início da manhã desta sexta-feira (6), quando foi notificada por uma infração que lhe rendeu uma punição de 2 minutos. A alegação é de que ela perdeu o contato com o solo pela terceira vez durante a competição.
Assim, depois de se manter no pelotão da frente desde o início da prova, terminou na 11ª posição, com o tempo de 1h31min39s. No momento da punição, restando menos de 1 km para o final, ela chorou.
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Antes de punição, Erica Sena estava na 3ª posição e brigava pela prata na marcha atlética • Shuji Kajiyama - 6.ago.2021/AP
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Abner Teixeira recebeu nesta sexta-feira (6) sua medalha de bronze conquistada na categoria até 91kg do boxe masculino na última terça-feira (3) • Jonne Roriz/COB/Divulgação
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Principal nome da canoagem brasileira, Isaquias Queiroz conseguiu sua classificação para as semifinais da categoria C-1 1.000 metros • Gaspar Nóbrega/COB/Divulgação
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Já Jacky Godmann não conseguiu avançar, após ficar em quarto e sexto em suas baterias, e deixou a competição • Gaspar Nóbrega/COB/Divulgação
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Nos saltos ornamentais, Kawan Pereira se classificou para semi do trampolim 10m • Wander Roberto - 6.ago.2021/COB
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Já Isaac Souza terminou na 20º posição e não avançou no trampolim 10m • Wander Roberto - 6.ago.2021/COB
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Ieda Guimaraes durante a laser run do pentatlo moderno • Miriam Jeske - 6.ago.2021/COB
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Pedro Veniss, um dos cavaleiros da equipe brasileira classificada para a final do hipismo • Júlio César Guimarães - 6.ago.2021//COB
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Brasil fez 3 a 0 na Coreia do Sul e avançou para final do vôlei feminino • Gaspar Nóbrega - 6.ago.2021//COB
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A medalha de ouro foi para a italiana Antonella Palmisano, com a marca de 1h29min12s. A colombiana Sandra Lorena Arenas ficou com a prata, 0s25 atrás, e a chinesa Liu Hong foi bronze, a 0s45 da líder.
Sétima colocada no ranking mundial, Érica participou dos Jogos Olímpicos pela segunda vez: no Rio, em 2016, ela terminou a marcha atlética 20 km em sétimo.
Tandara fora dos Jogos
Mais cedo, a outra nota triste veio da seleção brasileira de vôlei feminino, modalidade que até a madrugada de hoje era só alegria. O time que joga hoje, às 9h, a semifinal contra a Coreia do Sul, entrará em quadra sem Tandara Caixeta, fora também da sequência da competição.
A oposta titular da equipe de José Roberto Guimarães “violou a regra antidopagem” em teste realizado em Saquarema (RJ), onde a equipe se preparou para a competição, e está suspensa provisoriamente. Cortada, ela retorna ao Brasil antes do encerramento dos Jogos.

A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) notificou o Comitê Olímpico do Brasil (COB) sobre o incidente, mas não foram divulgados do incidente, o COB determinou o afastamento de Tandara da delegação brasileira nas Olimpíadas de 2020. Em breve nota divulgada nas redes sociais, Tandara declarou, através da sua assessoria de imprensa, que não se pronunciará agora sobre o caso.
Brasileiro na semifinal nos saltos ornamentais
O brasileiro Kawan Pereira conseguiu nesta sexta-feira a classificação na plataforma de 10 metros dos saltos ornamentais nas Olimpíadas de 2020. Em sua primeira participação em Jogos, o brasileiro terminou a eliminatória na 17.ª posição, com 371,65 pontos, garantindo a penúltima vaga da prova.
Isaac Souza também participou da prova preliminar e anotou 339,30 pontos após seus seis saltos, o que lhe rendeu a 20.ª posição. A eliminatória foi liderada pelo chinês Jian Yang, com a pontuação 546,90.

Isaquias na busca por medalha
A noite de quinta-feira (5) foi de classificação para Isaquias Queiroz na canoagem. Depois de terminar no quarto lugar na disputa por duplas, ele estreou na competição individual dos 1000m e venceu bem sua bateria nas eliminatórias, passando direto para as semifinais. A disputa continua na noite desta sexta-feira (6), com as semis e a grande final.
Falei para o treinador que ia sair bem, depois baixar e deixar todo mundo vir. E no final mostrar quem sou eu, o atual campeão mundial e que vai brigar pelo ouro. Ou prata ou bronze, o que vier. Eu quis mostrar que estou vivo na competição
Isaquias Queiroz, ao fim da prova

Isaquias, 27, conquistou três medalhas no Rio de Janeiro, um recorde para uma única edição dentro do esporte brasileiro. Ele foi vice-campeão nesta prova nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, e três anos depois venceu o Mundial, o que o credencia como um dos favoritos.
Jacky Godmann, outro brasileiro na disputa e quarto colocado com Isaquias nas duplas, não conseguiu avançar. Ele foi quarto colocado nas eliminatórias e depois sexto nas quartas de final, o que marcou sua despedida de Tóquio.
Dupla dos EUA leva ouro no vôlei de praia feminino
A americana April Ross, aos 39 anos, finalmente tem seu ouro olímpico. Ela foi medalha de prata em Londres-2012, bronze no Rio de Janeiro e agora venceu a final feminina do vôlei de praia em Tóquio. A dupla dos Estados Unidos, com April e Alix Klineman, venceu a equipe australiana (Mariafe Artacho del Solar e Taliqua Clancy) por 2 sets a 0 na noite desta quinta-feira (6).
O bronze ficou com a dupla da Suíça, Joana Heidrich e Anouk Verge-Depre, que fez 2 a 0 contra o time da Letônia, com Anastasija Kravcenoka e Tina Graudina. Os Estados Unidos agora têm 11 medalhas na história do vôlei de praia olímpico, sendo sete de ouro — o Brasil tem mais no total, 13, mas apenas três títulos.

EUA se garantem na final do vôlei feminino
A seleção feminina de vôlei dos Estados Unidos passou bem pela Sérvia na semifinal olímpica na madrugada desta sexta-feira (6) e se garantiu na final dos Jogos pela quarta vez em sua história. Ainda que nunca tenham sido campeãs, as americanas agora estão no topo da lista no total de medalhas no torneio, as mesmas seis (três pratas e dois bronzes até aqui) de União Soviética, China e Japão.
Contra as sérvias, o time dos EUA foi superior do início ao fim. Chegou a abrir nove pontos no primeiro set, ganhou o segundo por diferença de dez e não chegou a ficar atrás do placar no terceiro, apesar de uma tentativa de reação das europeias. Classificação segura, por 3 sets a 0 (25-19, 25-15 e 25-23), para esperar Brasil ou Coreia do Sul, que jogam às 9h desta sexta.

O Brasil tenta se classificar à final e garantir sua quinta medalha no torneio feminino de vôlei. As brasileiras têm dois ouros e dois bronzes na história, e três dessas conquistas vieram exatamente contra as americanas — os títulos de Pequim e Londres, além do terceiro lugar em Sydney.
COI manda treinadores para casa
O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou que uma comissão foi formada para investigar o caso da velocista de Belarus Krystsina Tsimanouskaya e que os treinadores da equipe de atletismo do país tiveram o credenciamento removido e foram retirados da Vila Olímpica.
A atleta de 24 anos deveria competir nos 200 metros femininos nas Olimpíadas de Tóquio na segunda-feira (2), mas, em vez disso, disse que os dirigentes da equipe tentaram mandá-la de volta à força para Belarus contra sua vontade, depois que ela criticou as autoridades esportivas.

EUA mantêm hegemonia no basquete feminino
O basquete feminino dos Estados Unidos chegou da melhor forma possível à final do torneio olímpico em Tóquio ao bater a Sérvia, atual campeã europeia, por 79 a 59 nas semifinais.
O time, que não perde nas Olimpíadas desde a semifinal de 1992, tem 53 vitórias consecutivas nos jogos e buscará seu sétimo ouro consecutivo na competição.
