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    Olimpíadas 2020 dia #15: Ouro de Ana Marcela leva mulheres a recorde de medalhas

    Vitória coroa carreira da nadadora brasileira, que é apontada como a maior da história da modalidade. Medalha é a oitava da delegação feminina, das 15 do Brasil

    Douglas Vieira, Leandro Silveira e Paulo Junior, colaboração para a CNN; Daniel Fernandes e Wellington Ramalhoso, da CNN

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    Finalmente! Essa foi a primeira palavra dita por Ana Marcela Cunha ao conquistar a medalha de ouro na maratona aquática de 10km nos Jogos Olímpicos, em prova disputada na noite de terça-feira (3). Dona de 11 pódios em Campeonatos Mundiais e reconhecida como uma das maiores em sua modalidade, a baiana de 29 anos se manteve no bloco da frente em todas as voltas e venceu uma competição acirrada em busca do título em Tóquio.

    Ana Marcela tinha sido quinta colocada em Pequim, com apenas 16 anos, e décima no Rio de Janeiro, quando saiu muito frustrada com o desempenho. Em Londres, acabou não se classificando por uma posição na competição que dava vaga aos Jogos. Agora, depois de tanta frustração, ela consegue fazer uma grande prova em águas olímpicas.

    “Quero dizer que todos brasileiros que ganharam medalha até agora foram um incentivo muito grande, principalmente [Fernando] Schefer e Bruno [Fratus]. É aquela coisa, ‘uma raia, uma chance’, e praticamente é isso aqui. Deixei escapar por algumas vezes e hoje posso sair daqui campeã olímpica”, disse na saída da água.

    Querendo ou não, é o quarto ciclo olímpico. Um amadurecimento muito grande para chegar aqui. Acreditem nos seus sonhos. Agradecer meu clube, meus pais, minha namorada. Eu sonhava muito com uma medalha olímpica

    Ana Marcela, após vencer o ouro olímpico, título que faltava em sua trajetória vencedora
    Ana Marcela Cunha, campeã da maratona aquática nas Olimpíadas
    Ana Marcela Cunha, campeã da maratona aquática nas Olimpíadas
    Foto: Jae C. Hong/AP

    Um recorde de brasileiras medalhistas

    O ouro de Ana Marcela levou as mulheres brasileiras a quebrar um recorde de medalhas em uma edição dos Jogos. As atletas do país já somam oito pódios em Tóquio – quase metade das conquistas do Brasil na edição atual.

    Até então, a melhor marca das atletas do país era de sete medalhas em Pequim-2008. O salto não é apenas em quantidade, mas também em qualidade. Já são três medalhas de ouro. Além da nadadora Ana Marcela, a ginasta Rebeca Andrade ficou no lugar mais alto do pódio no salto e as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze foram bicampeãs olímpicas na classe 49erFX.

    Brasileira Rebeca Andrade com as duas medalhas conquistadas nas Olimpíadas 2020
    Brasileira Rebeca Andrade com as duas medalhas conquistadas nas Olimpíadas 2020 – a prata no individual geral e o ouro no salto
    Foto: Ashley Landis – 2.ago.2021/AP

    Acredite: vôlei de praia brasileiro fora das finais

    Quando a delegação brasileira parte para os Jogos Olímpicos, é natural imaginar que alguma dupla do vôlei de praia vai chegar às semifinais e beliscar uma medalha. Dessa vez, de forma inédita, o país não estará representado entre os quatro melhores, tanto no masculino quanto no feminino.

    A dupla Alison e Álvaro, a última esperança das quartas de final, perdeu para Plavins e Tocs, da Letônia, e se despediu de Tóquio. Os algozes já tinham eliminado Evandro e Bruno Schmidt na rodada anterior. “Tem que melhorar, investir mais, os atletas melhorarem, as pessoas da Confederação olharem com bons olhos. Esperar Ricardo e Emanuel, esperar Alison e Álvaro, vai ficar para trás. A gente tem que fazer o nosso, parabéns ao mundo que está investindo”, analisou Alison ao fim do jogo.

    Às vezes as pessoas vão ver os times da Letônia na semifinal, feminino e masculino, vão achar que é surpresa, coisa de outro mundo... Na verdade, não. O mundo está investindo no vôlei de praia e nós estamos ficando parados

    Alison, após a eliminação no vôlei de praia
    Alison e Álvaro foram eliminados pelo time da Letônia no vôlei de praia
    Alison e Álvaro foram eliminados pelo time da Letônia no vôlei de praia
    Foto: Petros Giannakouris/AP

    Ingrid Oliveira deixa escapar vaga na semifinal

    Ingrid Oliveira esteve muito perto de conseguir a classificação para a semifinal da plataforma de 10m. Entre 30 participantes, a brasileira esteve entre as oito primeiras colocadas nas três primeiras rodadas, mas não teve bom desempenho nos dois últimos saltos e acabou despencando para o 24.º lugar. Apenas as 18 primeiras avançaram para a próxima etapa da competição.

    São coisas que acontecem, o esporte é feito disso. Eu estou triste porque nos meus treinos eu acertei todos os meus saltos e eu sabia que tinha condições de fazer tudo igual. Na hora da prova não consegui fazer o que eu vinha treinando

    Ingrid Oliveira, após eliminação nos saltos ornamentais
    Ingrid Oliveira segura as pernas durante salto ornamental nas Olimpíadas
    Ingrid Oliveira não conseguiu passar à semifinal nos saltos ornamentais
    Foto: AP Photo/Dmitri Lovetsky

    O Brasil hoje nas Olimpíadas

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    Brasil é coadjuvante em show japonês no skate

    As brasileiras foram coadjuvantes na disputa do skate park. Dora Varella foi a sétima colocada e Yndiara Asp terminou em oitavo lugar no evento, dominado pelas representantes do Japão. Com uma dobradinha de atletas da casa, Sakura Yosozumi levou o ouro e Kokona Hiraki, de 12 anos, ficou com a prata. E a britânica Sky Brown, após um início ruim na final, faturou o bronze, aos 13 anos. Já Isadora Pacheco foi eliminada na primeira fase, terminando em décimo lugar, com a nota 37,08.

    Foi, assim, mais uma festa dos japoneses, que venceram os três eventos realizados até agora na estreia do skate no programa olímpico, nos Jogos de Tóquio. Mas também acabou sendo a primeira competição da modalidade em que brasileiros não foram ao pódio. 

    Sakura Yosozumi compete nas Olimpíadas de Tóquio
    Sakura Yosozumi, do Japão, conquistou a medalha de ouro na estreia do skate park nas Olimpíadas
    Foto: Ben Curtis / AP

    Bielorussa deixa Tóquio

    A velocista olímpica bielorrussa Kristina Tsimanouskaya, que se recusou a voar para casa temendo ser presa, foi vista embarcando em um voo de Tóquio para Viena, na Áustria, nesta quarta-feira (4).

    A atleta deveria viajar para Varsóvia, na Polônia, onde recebeu refúgio seguro e um visto humanitário do primeiro-ministro do país. Não está claro se ela fará uma conexão em Viena a caminho da Polônia ou se pretende ficar na Áustria, ou viajar para outro lugar.

    Krystsina Tsimanouskaya
    Krystsina Tsimanouskaya
    Foto: Kyodo News/AP

    Investigação suspensa

    O Comitê Olímpico Internacional (COI) informou que suspendeu a investigação do gesto da atleta do arremesso de peso dos Estados Unidos Raven Saunders — que fez um “X” sobre sua cabeça ao subir ao pódio no domingo (1º) — depois da morte da mãe da americana.

    Saunders, que conquistou o público com sua personalidade e estilo durante as Olimpíadas, informou que deixará as redes sociais por um período para cuidar de sua saúde mental e de sua família.

    Raven Saunders
    Raven Saunders
    Foto: David J. Phillip/AP

    O final da vela

    As brasileiras Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan ficaram em nono lugar na disputa da classe 470 da vela nas Olimpíadas de 2020. Na madrugada desta quarta-feira (no horário de Brasília), elas precisavam de uma combinação de resultados na medal race na Baía de Enoshima para irem ao pódio da modalidade. Mas ficaram apenas na última posição na etapa decisiva, falhando na busca pelo pódio. Assim, o Brasil fechou a participação na vela com um ouro, de Martine Grael e Kahena Kunze na classe 49erFX.

    Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan competem em etapa da classe 470
    Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan competem em etapa da classe 470 da vela nas Olimpíadas de Tóquio
    Foto: AP / Bernat Armangue

     

     

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