Na Libertadores, São Paulo e Flu tentam driblar calendário e má fama da boa fase

Quem morre de amores pelo time do Morumbi tem medo dos bons momentos. Parece estranho? Nem tanto. O São Paulo tem um passado de glórias, foi pioneiro em dar exemplo de estrutura e gestão no Brasil e conquistou títulos que fizeram de sua história uma jornada gloriosa. Mas isso faz tempo. Uma sucessão de “quases” doem no coração do torcedor são-paulino. Machucaram no Paulista, Copa do Brasil, Sul-Americana e Libertadores.

Com Hernán Crespo no comando, as tabelas de Paulista e Libertadores estão, por enquanto, em lua de mel com as cores do time. Mas até quando? No jogo de hoje, válido pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores, a preferência é dar prioridade para o jogo de sexta-feira (14). Confuso? Nem tanto.

Nesta quarta-feira (12), o confronto será contra o time uruguaio Rentistas, em Montevidéu, e o técnico escolheu uma escalação sem titulares para poupar os principais jogadores e ir com unhas e dentes para o jogo contra a Ferroviária, pelas quartas de final do Paulistão.

Na Liberta, o SPFC ocupa a vice-liderança do Grupo E, com sete pontos. Uma vitória sem muitos enfeites já garante ao Tricolor a classificação às oitavas da competição.

Crespo tem dado minutagem aos jogadores, proposto posições diferentes e tem feito a equipe sair da zona de conforto. Essa postura gerou um acalento à torcida, pois os resultados estão mais positivos, estratégia essa que o calendário apertado exige. Se está no elenco, tem que jogar — e bem. Afinal, o SPFC não quer apenas o título do Campeonato Paulista, mas precisa dele.

Já o Tricolor do Rio de Janeiro está liderando o Grupo D e deve entrar com força total na partida de hoje contra o Santa Fé, da Colômbia. Para isso, conta com um camisa 12: a confiança.O Fluminense é finalista do Campeonato Carioca e viverá mais um Fla-Flu a partir do próximo sábado para tentar acabar com um jejum que carrega desde 2012, quando conquistou seu último título no estadual.

Roger Machado está se virando nos 30 para ir bem nas competições. Nos próximos 21 dias, serão sete partidas entre Libertadores, Copa do Brasil e decisões do Carioca. Por isso, mesclando os meninos de Xerém com a experiência de Fred e Nenê, que centralizam os holofotes da equipe atualmente, Roger tenta dar ritmo e, mais que sobreviver nos torneios, conquistar bons resultados.