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    Maracanã será multado após receber público em primeiro jogo da final do Carioca

    Centenas de pessoas compareceram ao estádio para assistir ao clássico Flamengo x Fluminense sem autorização, disse a prefeitura do Rio

    Iuri Corsini e Marcela Monteiro, da CNN, no Rio de Janeiro

    A gestão do Maracanã será multada em mais de R$ 14 mil pela prefeitura do Rio, que considerou como “infração gravíssima” as centenas de pessoas que assistiram, dentro do estádio, ao jogo entre Fluminense e Flamengo, na noite deste sábado (15).

    O jogo valeu como a 1ª partida da final do Campeonato Carioca. Conforme o decreto nº 48425/21, a presença de público em estádios e ginásios esportivos, ainda que não pagante, está expressamente proibida.

    “A iniciativa de manter 300 convidados no interior do estádio do Maracanã para assistirem à partida entre Flamengo e Fluminense, pelo Campeonato Carioca, ocorrida sábado (15/05), configurou infração sanitária classificada como gravíssima, pelo potencial do dano causado, conforme previsto no art. 30, XXV do Decreto 45585/18, combinado com o Decreto 48425/21, que prevê a penalidade de multa”, explicou, por meio de nota, a prefeitura do Rio.

    O Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (IVISA-Rio) informou que nem a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ) e nem o Maracanã fizeram qualquer pedido para que o público fosse liberado no estádio.

    O segundo jogo da decisão será no próximo sábado (22) também no Maracanã. O time do Flamengo foi o único dos considerados “4 grandes do Rio” a pleitear junto à Ferj e à prefeitura, para que os jogos possam acontecer com público. Porém, a proposta foi negada.

    De última hora, cada clube ganhou o direito de convidar 150 pessoas para assistirem à partida. Após o jogo, o Fluminense informou que não convidou nenhum torcedor e disse que não concordou com a presença de público na partida.

    À CNN, o presidente da Ferj, Rubens Lopes, criticou a medida da prefeitura e disse que “quando a ciência sucumbe à política ou a outros interesses, pouco se pode fazer”. Dizendo, também, que quando o Campeonato Brasileiro começar no final deste mês “tudo passará a valer e a ser possível”.

    O secretário de saúde do munícipio, Daniel Soranz, também comentou o ocorrido no Maracanã. Soranz lembrou a importância de se fazer uma consulta à prefeitura antes para que eventos não sejam interrompidos e outras sanções empregadas. “Temos a aplicação de multa e pode chegar a interdição, se tiver reincidência”.

    “Muito ruim quando se descumpre uma regra. A gente tem medidas de proteção da vida. Infelizmente ainda temos número de casos muito alto, mesmo com panorama epidemiológico melhorando na última semana, ainda não é o momento”, disse. 

    O secretário afirmou que no cenário atual é preciso ter empatia. Para ele, ainda não é a hora de público nas partidas de futebol. “Para público em estádio é necessário uma série de regras e protocolos e não temos isso no momento. Nesse momento, então, infelizmente não está autorizado. Assim que vigilância sanitária percebeu [os torcedores no Maracanã] fez a notificação de multa.”.

    Veja na íntegra o que disse Rubens Lopes:

    “Quando se trata do interesse da CBF e da CONMEBOL, nada é obstáculo para se colocar 5.000 pessoas no estádio, de qualquer jeito, sem protocolo e sem qualquer cuidado que não seja a mímica do ilusionismo conveniente. Quando a ciência sucumbe à política ou a outros interesses, pouco se pode fazer. Aguardem o início do Campeonato Brasileiro e poderão ver que tudo passará a valer e ser possível”. Rubens Lopes.

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