Hobbies ajudam atletas a aliviar tensão para foco em Jogos Olímpicos, diz médico
No quadro Correspondente Médico, dr. Fernando Gomes falou sobre o britânico Tom Daley, que causou curiosidade ao tricotar em arquibancada das Olimpíadas
Na edição desta quarta-feira (4) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou como hobbies podem ajudar atletas olímpicos. O medalhista de ouro nos saltos ornamentais, Tom Daley, chamou a atenção ao ser visto tricotando durante as Olímpiadas.
O britânico de 27 anos começou a fazer crochê em março do ano passado para superar o isolamento social na pandemia. Nas redes sociais, ele disse que essa é a melhor maneira de relaxar e ficar atento, por isso, Daley até criou um perfil online para mostrar as criações.
Para Gomes, o hobby do atleta britânico pode ser classificado como um “contrafoco”. “Uma pessoa que tem alta performance, seja em qualquer área de atuação, tem o foco como principal caminho para um bom desempenho”, disse o médico. “Muitas vezes isso pode significar muita determinação e, na verdade, provocar um alto grau de estresse.”
“Quando a pessoa tem foco em outra atividade, e podemos entender isso como um hobby artístico onde ele consegue colocar as emoções e aliviar tensões relacionadas ao processo do desempenho olímpico, faz com que ele possa abrandar as emoções e ter melhor desempenho”, avaliou o neurocirurgião.
Fernando Gomes ainda explicou que focar em um hobby como um tricô, em que o atleta precisa de atenção para lidar com cores e trabalhar a habilidade psicomotora, ajuda a estimular o cérebro. “Inconscientemente, ele pode repassar movimentos que precisa fazer no esporte e isso de tirar a atenção de um ponto para outro faz com que ele possa aumentar a performance, pois sabemos que a parte emocional é extremamente importante de ser trabalhada.”
(*Com informações de Nicole Lacerda, da CNN, em São Paulo)