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    Futebol masculino: Brasil vence Arábia Saudita e vai às quartas nas Olimpíadas

    Seleção faz 3 a 1, com dois gols de Richarlison, fica em primeiro lugar no grupo D e avança nos Jogos; na terceira posição, Alemanha é eliminada

    Da CNN, em São Paulo

    O Brasil venceu, nesta quarta-feira (28), a Arábia Saudita por 3 a 1 e confirmou sua classificação para a próxima fase no torneio de futebol masculino das Olimpíadas 2020. Dessa forma, o futebol do país estará representado duplamente nas quartas de final olímpicas, já que a seleção de futebol feminino também se classificou, na terça-feira (27).

    A vitória do time masculino, que garantiu seu lugar nas quartas, veio com gols de Matheus Cunha e Richarlison, duas vezes. A outra vaga do grupo D ficou com a Costa do Marfim, que, em um confronto direto pela vaga contra a Alemanha, conseguiu o empate em 1 a 1.

    Foi o confronto mais tenso do grupo, já que o Brasil encontrou uma seleção saudita já eliminada e pouco capaz de deixar uma última imagem muito positiva – o que não significa que a vitória foi fácil.

    O Brasil, afinal, foi superior ao longo da partida, mas, se contra a Costa do Marfim a queda de ritmo e a pouca velocidade dos movimentos ofensivos estão relacionadas ao jogador expulso precocemente, o mesmo não se pode dizer no duelo de hoje. A engrenagem não funcionou como contra os alemães.

    Claudinho foi o destaque do setor ofensivo. Malcom entrou na vaga de Antony após o intervalo, em substituição que serviu de alerta para o driblador atacante do Ajax, disperso na partida. O gol da vitória só saiu aos 31 minutos, e por alguns instantes quem liderou o grupo foi a Costa do Marfim, que abriu o placar contra a Alemanha aos 22 – e tomou o empate aos 33.

    Nos acréscimos, Richarlison ampliou a contagem após jogada de Malcom e passe de Reinier, outro que entrou no segundo tempo. O pombo, assim, assumiu a artilharia do torneio olímpico, com 5 gols, contra 4 do francês Gignac, o vice.

    Cedric Teuchert, da Alemanha, lamenta eliminação nas Olimpíadas
    Cedric Teuchert, da Alemanha, lamenta eliminação nas Olimpíadas
    Foto: Andre Penner – 28.jul.2021/AP

    O Brasil enfrentará o Egito, que se classificou em 2º no Grupo C, deixando a Argentina de fora das quartas de final das Olimpíadas. O time de André Jardine já tem data e hora para voltar a campo: sábado (31), às 7h (horário de Brasília), no mesmo estádio de hoje, em Saitama – o famoso palco da semifinal da Copa do Mundo de 2002 entre Brasil e Turquia.

    Eliminado das Olimpíadas nas quartas de final em 2000 (por Camarões) e 2008 (pela Argentina), o Brasil de 2021 parece bem resolvido com o jeito de jogar, mesmo quando o resultado demora para aparecer. Em um mata-mata, terá o desafio de manter o estilo e aumentar a eficiência de seu futebol.

    Já a cosa do Marfim Costa terá pela frente a Espanha. O jogo também será no sábado, às 5h, em Miyagi.

    Muito diferente de 2016

    Na campanha do ouro olímpico de 2016, a terceira rodada serviu para causar outro efeito no time brasileiro. Após 180 minutos de 0x0 contra as fracas África do Sul e Iraque, apenas ganhar da Dinamarca não era suficiente. Era preciso mostrar bom futebol. E o Brasil venceu por 4×0, sacudindo o astral para a fase final.

    Matheus Henrique e Abdulrahman Ghareeb disputam bola nas Olimpíadas
    Matheus Henrique e Abdulrahman Ghareeb disputam bola em confronto entre Brasil e Arábia Saudita nas Olimpíadas
    Foto: Martin Mejia – 28.jul.2021/AP

    Nela, superou a Colômbia em um jogo violento, Honduras em uma jornada tranquila e, claro, a Alemanha em uma icônica final. O encontro com a Arábia Saudita em solo japonês, desta vez, não teve, nem de perto, o mesmo apelo. Mas algumas tendências se reforçaram.

    E são tendências ofensivas. Privilegiam e dão liberdade para Claudinho, que atua pelas pontas ou pelo centro do gramado, sempre com papel criativo. Tentam explorar laterais agressivos no ataque como Arana e Dani Alves, ainda que não seja uma campanha ótima de nenhum deles. E sustenta o ataque na versatilidade e força física de Richarlison, este sim, o principal jogador desta exitosa primeira fase.

    Para um Brasil que não recuou em nenhum momento contra a Alemanha, mesmo com o 3×2 no placar, e tampouco reforçou a defesa após ter um volante expulso contra a Costa do Marfim, parece haver um padrão nas escolhas de Jardine.

    A grande festa do grupo é dos elefantes marfinenses. A decepção é alemã. O Brasil cumpriu o seu papel, com margem para melhorar a campanha daqui para frente – e chega às quartas de final sem lesionados nem suspensões a cumprir.

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