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    Djokovic é “tratado como prisioneiro” pelas autoridades, diz mãe do tenista

    Sérvio pode ser deportado da Austrália por não apresentar certificado de vacinação e ter problema com o visto; recurso apresentado pela defesa do jogador será julgado no dia 10 de janeiro

    Novak Djokovic durante a derrota para Pablo Carreno Busta na disputa do bronze nas Olimpíadas 2020
    Novak Djokovic durante a derrota para Pablo Carreno Busta na disputa do bronze nas Olimpíadas 2020 AP

    Niamh KennedyGeorge Ramsayda CNN

    Novak Djokovic está sendo “tratado como um prisioneiro” pelas autoridades australianas, disse sua mãe, Dijana Djokovic, a repórteres durante uma coletiva de imprensa em Belgrado nesta quinta-feira (6).

    Acredita-se que Djokovic foi transferido para o Park Hotel, em Melbourne, após ter seu visto de entrada bloqueado antes do Aberto da Austrália, de acordo com as afiliadas da CNN Seven Network e Nine News.

    O hotel, anteriormente usado pelo governo australiano como uma instalação de quarentena de Covid-19, agora é usado como um local alternativo de detenção  para refugiados e requerentes de asilo.

    A mãe dele afirmou que conversou brevemente com o filho nesta quinta-feira, acrescentando que ele disse que não conseguia dormir.

    “Eu me sinto péssima desde ontem, nas últimas 24 horas em que o estão mantendo prisioneiro. Não é justo. Não é humano”, disse Dijana. Ela chamou a acomodação atual de “terrível”, descrevendo-a como “apenas um pequeno hotel de imigração”.

    “É tão sujo e a comida tão horrível”, acrescentou.

    “[As autoridades] não querem dar a ele nenhuma chance de se mudar para algum hotel ou casa melhor que ele já alugou”, complementou a mãe do tenista.

    Djokovic não revelou publicamente seu status de vacinação, mas, em uma entrevista coletiva nesta quinta, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse que o homem de 34 anos “não tinha uma isenção médica válida” para a exigência de vacinação para quem chega ao país.

    De acordo com Our World In Data, 46,76% da população da Sérvia foi totalmente vacinada contra Covid-19.

    A equipe jurídica de Djokovic buscou uma liminar urgente contra a decisão das Forças da Fronteira Australiana de revogar seu visto. O Tribunal Federal do país adiou a decisão até segunda-feira (10) sobre se ele terá permissão para permanecer na Austrália ou será deportado, de acordo com a Reuters e a emissora pública ABC.

    Seu irmão, Djordje, descreveu a ação das autoridades australianas como uma “séria violação diplomática”, contando como a comunicação foi cortada abruptamente entre o jogador e sua família.

    “Nos primeiros 45 minutos, eu acho, ele estava se comunicando com a família e a equipe, e isso parou abruptamente”, disse Djordje durante uma entrevista coletiva em Belgrado, nesta quinta-feira.

    “Ele não teve nenhum contato porque seu telefone foi tirado por três horas e meia”, complementou.

    Djokovic acabou tendo seu telefone de volta e levado para outra sala de isolamento, acrescentou seu irmão.

    Depois que seu visto foi revogado, Djokovic foi levado através dos detectores de metal do Aeroporto de Melbourne e teve todos os seus pertences e malas retirados, de acordo com o irmão.

    “A carteira e a muda de roupa foram-lhe tiradas”, disse Djordje. “Ele foi levado para o hotel do migrante, para um quarto sujo, e foi informado de que todos os seus pertences lhe seriam devolvidos em sua partida para a Europa”, afirmou.

    Djokovic ficará na Austrália enquanto a liminar vai para os tribunais, informou a ABC.

    Ele espera ganhar seu 10º título do Aberto da Austrália e o 21º título de Grand Slam, um recorde, neste mês.

    O torneio começa em 17 de janeiro e termina em 30 de janeiro.

    AnneClaire Stapleton e Jessie Yeung, da CNN, contribuíram com a reportagem. Informações adicionais da Reuters.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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