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    Conversa de tenista chinesa com COI não basta, diz Associação de Tênis Feminino

    Peng Shuai participou de videoconferência após passar semanas com paradeiro desconhecido

    Brenda Gohda Reuters , em Xangai

    A videoconferência da tenista chinesa Peng Shuai com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) não aborda nem alivia as preocupações da Associação de Tênis Feminino (WTA) a respeito de seu bem-estar, disse a WTA nesta segunda-feira.

    O paradeiro de Peng, ex-número um de duplas do mundo, tornou-se uma tema de interesse internacional quase três semanas atrás depois que ela alegou que o ex-vice-premiê chinês Zhang Gaoli a agrediu sexualmente.

    Ela apareceu em um jantar com amigos no sábado e em um torneio de tênis infantil em Pequim no domingo, como mostraram fotos e vídeos publicados por jornalistas da mídia estatal chinesa e pelos organizadores do evento, mas isto foi pouco para diminuir os receios.

    “Foi bom ver Peng Shuai em vídeos recentes, mas eles não aliviam nem abordam a preocupação da WTA com seu bem-estar e sua capacidade de se comunicar sem censura e coerção”, disse uma porta-voz da WTA por email.

    Indagada sobre a videoconferência com o COI, a porta-voz respondeu: “Este vídeo não muda nosso apelo por uma investigação plena, justa e transparente, sem censura, sobre sua alegação de agressão sexual, que é a questão que deu ensejo à nossa preocupação inicial.”

    O COI disse em um comunicado que Peng fez uma videoconferência com seu presidente, Thomas Bach, no domingo, durante a qual ela disse estar segura e bem em sua casa em Pequim e que deseja que sua privacidade seja respeitada por ora.

    Grupos ativistas globais pedem um boicote à Olimpíada de Inverno de Pequim em fevereiro em reação ao histórico de direitos humanos da China.

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