Bruna Tomaselli estreia na W-Series, categoria de base da F1 só para mulheres
A prova, que abriu a segunda temporada da categoria, terminou com vitória de Alice Powell; brasileira finalizou a corrida em 12º lugar
A brasileira Bruna Tomaselli estreou na W-Series com um décimo segundo lugar neste sábado (26), no Grande Prêmio da Estíria, em Spielberg, mesmo circuito onde, neste fim de semana, é disputada a oitava etapa do mundial de Fórmula 1.
A prova, que abriu a segunda temporada da categoria, terminou com vitória de Alice Powell. Completaram o pódio Sarah Moore e Fabienne Wohlwend.
A catarinense da cidade de Caibi largou em 11ª e fechou a corrida uma posição atrás, após cair no grid na relargada da prova e se recuperar. A corrida teve a entrada de um safety car em decorrência do abandono de Marta Garcia.
A representante sul americana da categoria começou a carreira no kart aos sete anos de idade e acumulou conquistas na região sul do país. Depois disso, ela disputou campeonatos na Fórmula Junior, Fórmula 4 e na USF 2000, onde recebeu prêmio de piloto com mais ultrapassagens, em 2019.
No mesmo ano ela passou por uma seleção e foi uma das escolhidas para a segunda temporada da W-Series.
Em 2020, a W-Series foi cancelada e, por isso, Bruna se manteve no Brasil, onde disputou a Império Endurance, campeonato de corridas de longa duração, na qual conquistou vitória e terminou como vice-campeã.
Na W-Series, ela encara adversárias que já acumularam experiência na primeira temporada da competição, como Powell, Marta Garcia e a campeã de 2019, Jamie Chadwick, que depois de se sagrar campeã se tornou piloto de desenvolvimento da Williams na F1.
A competição foi criada com o objetivo de dar oportunidade e visibilidade às pilotos mulheres e neste ano acompanhará parte do calendário da Fórmula 1. A temporada terá oito etapas e a final será no GP do México.
Disputar campeonatos de base do automobilismo, como a Fórmula 3 e F2, é muito caro para os jovens pilotos, que precisam levar patrocínio aos times. A W-Series vai na contramão dessas categorias e paga todos os custos para as pilotos, desde o transporte e hospedagem até os custos da competição.
A criação da categoria foi marcada por uma controvérsia. Críticos da competição afirmaram que um campeonato exclusivo para mulheres causava segregação de gênero, enquanto os defensores apontam que a W-Series ajuda no desenvolvimento e dá visibilidade às pilotos.