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    Chance de medalha de ouro: Beatriz Ferreira está na final no boxe nas Olimpíadas

    Brasileira venceu finlandesa e agora irá disputar o título olímpico contra a irlandesa Kellie Anne Harrington

    Leandro Silveira, colaboração para a CNN

    Chance de medalha de ouro para o Brasil. Depois de igualar o recorde de medalhas nesta quinta-feira (3), a delegação do país viu Beatriz Ferreira, a Bia, ir para a final do peso leve (até 60kg) do boxe nas Olimpíadas de 2020. Dominante, a brasileira venceu com facilidade a finlandesa Mira Potkonen pelas semifinais, por decisão unânime dos árbitros (30 a 27 para 3 deles, 29 a 28 e 30 a 26). Assim, garantiu ao menos a medalha de prata, sendo a primeira pugilista do país a se aproximar de um ouro olímpico.

    Sua adversária na final nas Olimpíadas de Tóquio vai ser a irlandesa Kellie Anne Harrington, campeã mundial de boxe em 2018, que venceu na outra semifinal a tailandesa  Sudaporn Seesondee. A luta pelo ouro está agendada para as 2h (de Brasília) deste domingo (8). Mas, independentemente do resultado da final, este já é o melhor resultado do boxe feminino do Brasil na história das Olimpíadas, superando o bronze de Adriana Araújo em Londres-2012.  Bia, aliás, já foi sua sparring.

    ‘Quero a dourada’, diz Bia

    Depois da luta, Bia mostrou confiança na conquista do lugar mais alto do pódio. “Eu quero a dourada, vou brigar até o fim. Vamos adiante, vamos subir no pódio, ficar no lugar mais alto e ouvir o nosso hino. Vai ser difícil tirar ela de mim. Treinei o tempo todo pra isso”, disse a brasileira ao canal SporTV. 

    Adversária de Beatriz Ferreira na semifinal, Mira Potkonen, da Finlândia, de 40 anos, foi medalhista de bronze no Mundial de 2019, no qual a brasileira ficou com o título, além de ter sido bronze nas Olimpíadas do Rio. Diante dela, a brasileira, que entrou no ringue ao som de “A Favela Chegou”, dominou o primeiro round, mesmo após ser pressionada nos segundos iniciais. A disputa foi intensa, mas a brasileira se deu melhor ao acertar vários golpes de direita. Assim, todos os jurados lhe deram a vitória por 10 a 9. 

    O segundo round também foi dominado pela brasileira, que chegou a levar a adversária ao chão, após um início titubeante. Dessa vez, quatro juízes apontaram a sua vitória por 10 a 9, com uma dando o triunfo para a finlandesa. Bia Ferreira também foi superior no terceiro, com a rival aparentando cansaço. Os cinco juízes apontaram a sua vitória, sendo quatro por 10 a 9 e um por 10  a 8. 

    A campanha de Bia

    Nas Olimpíadas, Bia Ferreira venceu nas quartas de final a uzbeque Raykhona Kodirova por decisão unânime dos árbitros, o que havia lhe garantido ao menos o bronze. Na sua estreia em Tóquio, a brasileira havia derrotado a taiwanesa Shih-Yi Wu, também por decisão unânime.

    Ela é considerada o principal nome do boxe amador brasileiro na atualidade, sendo a atual campeã mundial do peso leve. Também foi campeã nos Jogos Pan-Americanos de 2019. Na sua carreira, antes das Olimpíadas, participou de 29 competições desde 2017 e subiu ao pódio em 28.  

    Outras medalhas do boxe brasileiro

    Além da medalha de Bia Ferreira, o Brasil já havia assegurado outras duas no boxe nas Olimpíadas. Abner Teixeira (até 91kg) foi bronze após perder a sua luta nas semifinais. Hebert Sousa (até 75kg) também avançou para a final e irá disputar o ouro

    Em outras edições das Olimpíadas, Servílio de Oliveira foi bronze na Cidade do México-1968. Depois, Esquiva Falcão, Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo subiram no pódio em Londres-2012. E Robson Conceição foi campeão no Rio-2016. Bia Ferreira poderá igualá-la no domingo.