Beatriz Ferreira vai à semifinal e garante 3ª medalha para o boxe brasileiro
Atual campeã mundial do peso médio buscará a vaga na decisão na quinta-feira
Beatriz Ferreira garantiu mais uma medalha para o boxe brasileiro nas Olimpíadas de 2020. Nesta terça-feira (3), ela dominou a luta contra a uzbeque Raykhona Kodirova e a derrotou pelas quartas de final do peso leve (até 60kg). Com isso, assegurou ao menos o bronze, pois se classificou às semifinais em uma modalidade que não conta com disputa do terceiro lugar.
Antes de Bia Ferreira, outros dois brasileiros já haviam avançado às semifinais nas Olimpíadas e garantido ao menos uma medalha: Abner Teixeira (até 91kg) e Hebert Sousa (até 75kg).
Os cinco árbitros da luta deram vitória para Bia Ferreira por 30 a 27, confirmando o domínio visto na luta entre a brasileira e a uzbeque. Em busca de uma vaga na decisão, a brasileira voltará ao ringue na quinta-feira, às 2h15 (horário de Brasília).
‘Ninguém pode estar satisfeito com bronze’, diz Bia
A sua adversária será a finlandesa Mira Marjut Johanna Potkonen, que venceu, por decisão dividida – 3 a 2 – a turca Esra Yildiz. “A gente está treinado para o ouro, ninguém pode estar satisfeito com o bronze. Mas é claro que estou feliz”, disse Bia Ferreira em entrevista ao SporTV.
Bia Ferreira dominou a luta desde o início, tendo chegado a encurralar Kodirova no primeiro round, em que todos os árbitros deram a vitória a ela. O cenário se repetiu nos dois rounds seguintes. No segundo, a uzbeque tentou atacar, mas acabou sendo castigada pela brasileira.
No terceiro, só restava à uzbeque buscar a vitória, Mas ela chegou a se desequilibrar ao acertada por um golpe de Bia Ferreira, que pareceu buscar o nocaute, mesmo com a vantagem obtida nos rounds anteriores. “A luta foi como eu esperava, deu certo o planejamento. Eu tinha que me impor mais. Tenho que estar preparada, foram cinco anos de treinos”, concluiu a pugilista baiana.
Na sua estreia nas Olimpíadas de Tóquio, Bia Ferreira havia derrotado a taiwanesa Shih-Yi Wu por decisão unânime dos árbitros. Ela é considerada o principal nome do boxe amador brasileiro na atualidade, sendo a atual campeã mundial do peso leve.