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    Bahia nega injúria racial e reincorpora Indio Ramirez ao elenco regular do time

    Em carta aberta à sociedade, clube afirma ter feito laudo pericial que justifica a decisão

    Will Marinho, da CNN, em São Paulo



     

    O Esporte Clube Bahia divulgou, nesta quinta-feira (24), uma carta em que afirma não ter comprovação de injúria racial por parte do seu atleta Indio Ramirez com o meia do Flamengo, Gerson, no jogo entre os dois times no domingo (20). E por esse motivo reincorporará Ramirez ao elenco regular do time.

    “Os laudos das perícias em língua estrangeira contratadas pelo Bahia não comprovam a injúria racial e o clube entende que, mesmo dando relevância à narrativa da vítima, não deve manter o afastamento do atleta Indio Ramírez ante a inexistência de provas e possíveis diferenças de comunicação entre interlocutores de idiomas diferentes”, diz a carta.

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    Foto: Bahia/ Instagram/ Reprodução

     O clube também anunciou uma série de medidas para combater o racismo e a homofobia internamente e entre os seus torcedores. Dentre elas estão: cotas racias para as disputas em eleições realizadas no clube, criação de espaço no museu do clube para debater o racismo, xenofobia, sexismo e LGBTfobia, proposta de criação de protocolo antidiscriminatório para jogos de futebol no Brasil entre outros.

    Sobre o caso

    Após vitória do Flamengo por 4 a 3 contra o Bahia neste domingo (20), o meia Gerson, do Flamengo, acusou Ramírez de ter cometido injúria racial contra ele. Em entrevista concedida após o jogo, o flamenguista afirmou que, durante uma discussão, Ramírez disse a ele: “cala a boca, negro”.

    O Bahia frisou que Ramírez nega veementemente a acusação, mas afirmou que “o clube entende, porém, que é indispensável, imprescindível e fundamental que a voz da vítima seja preponderante em casos desta natureza”.

    Ainda depois o jogo, Gerson ainda criticou a postura do treinador Mano Menezes, demitido do Bahia durante a noite – sem que o clube detalhasse se o desligamento teve ligação com o episódio.

    “O Mano falou: ‘ah, agora você é vítima, né? O Daniel Alves te atropelou e você não falou nada’. Claro, porque teve respeito entre eu e ele. Eu nunca falei de treinador, mas o Mano tem que saber respeitar”, disse Gerson.

    (Com informações de Diego Freire)

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