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    Moradora dos EUA mostra casa tomada por insetos em vídeo; saiba o que fazer

    Especialista explica que é comum esse tipo de situação é comum durante o período de migração dos insetos

    Grilos mórmons em casa de mulher nos EUA
    Grilos mórmons em casa de mulher nos EUA Reprodução/TikTok/@auntie_coolette

    Larissa Santiagocolaboração para a CNN

    São Paulo

    Colette Reynolds, moradora de Elko, em Nevada, nos Estados Unidos, viralizou nas redes sociais após compartilhar um vídeo que mostrava o quintal de sua casa infestado de insetos.

    A quantidade de insetos era tão grande que ela sequer conseguia sair de casa.

    Veja o vídeo:

    @auntie_coolette

    ♬ original sound – Colette Reynolds

    Os bichos em questão são conhecidos como esperanças ou “grilos mórmons”. Eles são da superfamília Tettigoniidae, grupo próximo da família Grylloidea, dos grilos verdadeiros.

    O entomólogo (biólogo especializado em insetos) Lucas Denadai de Campos, do departamento de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), explica que eles não são do mesmo grupo que costumamos ver no Brasil.

     

    Lucas explica que o que aconteceu no caso do vídeo não foi um tipo de ataque. Segundo ele, é possível que naquele local exista uma superpopulação desses insetos, que não tem asas, assim como as nuvens de gafanhotos, eles estão em período de migração, mas, por não possuírem asas, vão caminhando em grupos.

    Por conta dessas grandes migrações, é possível ver grandes grupos atravessando rodovias ou passando por locais onde humanos estejam instalados.

    “Eles chegam andar até 2 quilômetros por dia ou mais, o que é bastante para um inseto. E essa migração pode estar relacionada com o clima ou mudança de tempo. Lembrando que lá é fim da primavera, começo de verão, então é uma época de reprodução de muitos insetos”, explica o especialista, que ressalta que a mudança de local também pode estar associada à busca por recursos, alimentação ou fuga de possíveis predadores.

    “Não necessariamente eles estão buscando um local com mais mata ou área verde. Eles estavam fazendo a migração e acabaram parando na casa porque ali tinha alguma coisa que interessava a eles, que ajudasse a preservar sua espécie. Eles não pararam ali de propósito”, completa.

    @accuweather

    🦗 Millions of Mormon crickets descended upon six counties in Nevada, creating a bug-invested nightmare for many residents. #crickets #bugs #elko #nevada #trending #fyp

    ♬ original sound – AccuWeather

    O que fazer

    O especialista ressalta que o ideal, nesses casos, não é colocar veneno, porque “vai fazer mais mal para os humanos do que para os bichos”, e nem matar, porque isso “modificaria todo o ecossistema”, além de demorar dias.

    “É preciso esperar que esse enxame passe em algum momento. Eles estão se deslocando, não vão ficar ali, não é da natureza dessa espécie ficar sempre no mesmo lugar, ainda mais quando eles estão em aglomerados dessa maneira”, informa o especialista, que diz também que é difícil prever quantos dias eles vão permanecer naquele local.

    Em 2021, o Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (APHIS, na sigla em inglês), agência ligada ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos responsável pelo controle de doenças e pragas, tratou mais de 325 mil hectares com inseticidas em uma campanha de supressão da população das esperanças.

    Lucas acrescenta que não há problema no contato de humanos com esse tipo de inseto. “Eles não machucam e também não têm veneno”. “Um fato curioso dessa espécie é que quando eles estão fazendo a migração, alguns morrem –e outros aproveitam para se alimentar desse indivíduo, praticando o canibalismo.”

    @mikayla_x

    i cried the ENTIRE way to my car which was also COVERED 😭😭 #mormoncrickets #absolutelynot #fyp

    ♬ original sound – Krutika 🐥 – themermaidscales