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    Veja os filmes esnobados pela Academia e que ficaram de fora do Oscar 2022

    Grandes produções, como “A Crônica Francesa” e “O Último Duelo”, não receberam indicações; confira

    "O Último Duelo", superprodução que ficou de fora do Oscar 2022
    "O Último Duelo", superprodução que ficou de fora do Oscar 2022 Divulgação

    Marina Toledoda CNN

    A premiação mais famosa do universo cinematográfico está chegando. O Oscar 2022 acontece neste domingo (27), às 21h, no Teatro Dolby, em Los Angeles.

    A lista de indicados já foi divulgada, as apostas estão feitas e a maratona dos filmes está acontecendo. No entanto, sempre tem aquele filme, querido pelos críticos ou pelo público, que é deixado de fora da cerimônia.

    Muitas vezes as indicações podem ser previstas, assim como os vencedores, mas nem sempre todas as produções esperadas conseguem o triunfo. Até mesmo aquelas apontadas como “Oscar bait”, consideradas feitas para a premiação, podem ser esnobadas pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

    Tem casos como o de “Tick Tick… Boom” e “A Tragédia de Macbeth”, que são lembrados por grandes atuações ou em categorias técnicas. Os dois filmes foram aclamados pela crítica mas ficaram de fora do principal prêmio da noite, o de Melhor Filme.

    Algumas produções que eram considerados apostas sólidas na premiação ficaram de fora não somente da categoria principal da noite, mas também de outras em que se destacaram.

    Para lembrar os “esquecidos” no Oscar deste ano, confira uma lista com alguns dos longas que passaram despercebidos pela Academia.

    Casa Gucci

    “Casa Gucci” era o candidato perfeito para a premiação. É uma cinebiografia, com uma megaprodução, grande elenco e um prestigiado diretor. Além de ter investido forte na publicidade.

    Já ficou claro que a Academia adora premiar filmes que contam histórias reais, principalmente de personalidades conhecidas, como “Gandhi” (1983), “Uma Mente Brilhante” (2002), “O Discurso do Rei” (2011), “Spotlight: segredos revelados” (2016) e muitos outros que conquistaram a estueta ao longo das 93 edições. Mas não foi o caso da obra cinematográfica de Ridley Scott, que não concorre nas principais categorias.

    Outro ponto que parece encher os olhos dos votantes são mudanças físicas e transformações para os personagens, e foi somente nesse quesito que a “Casa Gucci” foi lembrado ao ser indicado por Melhor Maquiagem e Penteado.

    Todos os atores apostaram no sotaque e na caracterização. No entanto, apesar de preencher as simpatias da Academia, a indicação de Jared Leto foi no antiprêmio do cinema, o Framboesa de Ouro.

    A torcida do público para a indicação de Lady Gaga como Melhor Atriz era grande, mas a cantora ficou de fora da lista esse ano.

    Para muitos, “Casa Gucci” é um Oscar bait, ou seja, foi feito pensando em concorrer na premiação.

    O filme narra o início do relacionamento de Maurizio Gucci, ex-CEO da grife que leva seu sobrenome, e Patrizia Reggiani, até o divórcio turbulento e a encomenda de um assassinato que ficou marcado na história.

    O Último Duelo

    Se teve alguém que tentou, essa pessoa foi Ridley Scott. Além de “Casa Gucci”, o renomado diretor lançou outra superprodução, “O Último Duelo”, que custou nada mais que US$ 100 milhões.

    Mais uma vez, Scott trouxe uma temática adorada pela Academia: o drama histórico. “Gladiador” (2001), “A Lista de Schindler” (1994) e “12 Anos de Escravidão” (2014) são algumas produções históricas que foram premiadas nos anos anteriores.

    O filme traz o reencontro dos amigos Ben Affleck e Matt Damon em cena, que fizeram sucesso no premiado “Gênio Indomável” (1997). Além de contar com Adam Driver e Jodie Comer como protagonistas.

    Mesmo com grande investimento em cenário, figurinos, maquiagens, elenco e muitas outras coisas, “O Último Duelo” foi completamente esquecido pelos votantes. Não recebeu nenhuma indicação.

    O longa, baseado em uma história real, retrata o último duelo mortal oficialmente autorizado na França Medieval. O embate se dá após um escudeiro atacar a esposa de um respeitado cavaleiro.

    A Crônica Francesa

    Outro filme que tinha tudo para estar concorrendo ao Oscar é a “A Crônica Francesa”, do colecionador de indicações Wes Anderson (“Grande Hotel Budapeste”, “Moonrise Kingdom” e “O Fantástico Senhor Raposo”).

    Trazendo a marca registrada do diretor, o filme tem design de produção impactante e grande elenco. Adrien Brody, Bill Murray, Frances McDormand, Timothée Chalamet e Tilda Swinton são alguns dos nomes que estão em cena.

    Vale lembrar que no Oscar de 2015, “O Grande Hotel Budapeste”, de Anderson, garantiu quatro estatuetas nas categorias técnicas.

    “A Crônica Francesa” foi bem aceito pela crítica, mas parece que a produção do renomado diretor não encantou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas como sete anos atrás.

    O longa narra três histórias que se passam na redação de um jornal americano na França. Apesar de ter sido lembrado em outras premiações em algumas categorias, ficou de fora da lista de indicados ao Oscar.

    Cyrano


    Um filme reconhecido por outras premiações, como BAFTA, Critics Choice Awards e Globo de Ouro, mas totalmente esnobado pela Academia foi “Cyrano”.

    O filme é de Joe Wright, que coleciona vários longas de sucesso na carreira, como: “Orgulho e Preconceito”, “Desejo e Reparação”, “Anna Karenina” e “O Destino de Uma Nação“.

    O longa é protagonizado por Peter Dinklage, que ganhou fama mundial e premiações ao interpretar Tyrion Lannister, em “Game of Thrones”.

    “Cyrano” foi bem aceito tanto pela crítica quanto pelo público, mas ficou de fora das principais categorias.

    O longa segue o amor do protagonista Cyrano de Bergerac pela jovem Roxanne. Com um talento nato para as palavras, o pequeno cavaleiro não confessa seu amor por Roxanne, que por sua vez vê no charmoso Christian uma oportunidade para o amor.

    O protagonista ajuda então o jovem esbelto a conquistar Roxanne com seus lindos poemas, fazendo com que ela se apaixone pelas palavras, sem saber que foram escritas por Cyrano.

    Annette

    Outro romance musical esnobado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas foi “Annette”. Ele recebeu 11 indicações ao César, considerado o Oscar da França, e foi premiado no Festival de Cannes, mas não foi lembrado pela premiação de Hollywood.

    O longa é protagonizado por Adam Driver e Marion Cotillard, e acompanha um comediante de stand-up que se vê sozinho após a morte inesperada da esposa tendo de cuidar de sua filha pequena Annette, de apenas dois anos. Se não bastassem as dificuldades em cuidar dela, ele acaba descobrindo que ela tem um dom especial.