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    “Uma nova versão de mim”, diz João Guilherme sobre série “Da Ponte pra Lá”

    Elenco de nova série de suspense da Max fala mais sobre "uma das produções mais profundas" que fizeram em conversa com a CNN; confira

    João Guilherme em "Da Ponte Pra Lá"
    João Guilherme em "Da Ponte Pra Lá" Divulgação/ Ariela Bueno

    Nicoly Bastosda CNN

    São Paulo

    Estrelada por João Guilherme (“De Volta aos 15”) e Gabz (“Malhação”), “Da Ponte Pra Lá” estreia os primeiros três episódios na Max (antigo HBO Max), nesta quinta-feira (4). O foco da produção será retratar a morte de um jovem, mostrando o contraste entre a elite e a periferia na cidade de São Paulo.

    Criada por Thais Falcão e Erick Andrade e dirigida por Rodrigo Monte, “Da Ponte Pra Lá” terá a história centrada em dois extremos. De um lado, São Paulo como a 10ª cidade mais rica do mundo e principal polo financeiro da América Latina. Do outro, uma cidade que carrega condições e expectativas de vida equivalentes à de muitos países listados entre os mais pobres do planeta.

    Neste paralelo sobre diferenças sociais e culturais dos jovens da periferia e do centro das grandes cidades, a série falará sobre paixão, amizade e luto, ainda envoltos em um grande mistério: quem matou Ícaro (Victor Liam)?

    Do amor à violência, do sexo às drogas, das angústias a novos caminhos, o drama abarca diferentes feridas de uma sociedade desigual e, por meio da juventude, fala sobre justiça, amor, amizade e a busca por um lugar ao sol.

    Em conversa com a CNN, João Guilherme, Gabz e Victor Liam falaram sobre a “seriedade” e “maturidade” de suas atuações e como a série promete trazer grande foco para a representatividade, enaltecendo novas versões deles mesmos e “um dos trabalhos mais profundos” que fizeram.

    Novas e inéditas versões dos atores

    O projeto marca um passo mais profundo nas atuações de João Guilherme e Gabz.

    “É uma tamanha ansiedade para ver esse trabalho no ar, e ver como as pessoas vão receber essas novas versões de nós. É uma nova versão de mim, do nosso trabalho, que as pessoas ainda não experimentaram”, diz João Guilherme.

    “É uma mudança de fase, que marca uma seriedade no nosso trabalho, é uma mudança muito grande até na nossa atuação. É um amadurecimento, muito bom fazer um parte de um projeto assim, maduro, com tantas camadas e tantas mensagens e denúncias sobre a sociedade”, reflete Gabz.

    Esther Tinman, João Guilherme e Gabz em “Da Ponte Pra Lá” / Divulgação/ Ariela Bueno

    Já Victor Liam, faz sua estreia na atuação com a produção da Max.

    “Estou com uma expectativa enorme, porque é meu primeiro trabalho. Foi uma experiência nova e incrível. O elenco todo me ajudando sempre que eu precisava, me dando força para entender certos lugares. Eu entendi os lugares onde eu poderia chegar, até onde eu posso ir, o que eu podia pegar para mim dos atores. Foi muito divertido”, afirma o novo astro.

    Victor Liam e Gabz em “Da Ponte Pra Lá” / Divulgação/ Ariela Bueno

    Representatividade em foco e com o intuito de “mudar vidas”

    Com a proposta de ser uma série com adolescentes, mas não só feita para adolescentes, “Da Ponte Pra Lá” traz consigo muita representatividade ao escalar – e dar foco – a protagonistas pretos e um homem trans, com Victor Liam, e assuntos geralmente considerados tabus.

    “Eu acho que eu tive a oportunidade de contar uma história que eu sempre quis contar, que é da periferia, do movimento hip hop, com muitas camadas e sem ser uma coisa superficial. Foi um dos trabalhos mais profundos que eu tive a oportunidade de fazer, que retrata assuntos que geralmente são considerados Tabu”, começa Gabz.

    “A minha personagem, por exemplo, é uma personagem sexualmente muito livre, uma menina muito segura de si. É uma perspectiva muito diferente, já que estou retratando a juventude de uma menina negra, né? Eu fico imaginando a jovenzinhas pretinhas vendo a Malu, que é simplesmente uma garota  que é desejada, amada, que corre atrás do que ela quer, tem voz ativa e sonhos”, complementa a atriz.

    “Tem que ter jovens pretos no audiovisual. Temos que ter pessoas trans no audiovisual. Temos que ter toda a comunidade nisso, essa série está vindo para literalmente falar ‘pô, vamos falar sobre a realidade do Brasil. A periferia está assim, vivemos isso, a juventude preta sofre isso, as pessoas têm que lidar com muito peso na periferia’, essa é a verdade. Não precisa ser romantizado. E acho que ‘Da Ponte Pra Lá’ faz um ótimo trabalho sobre isso”, ressalta Victor.

    “É o que é o Brasil, não é diferente disso fora, o país não é mono identitário, não é isso que a gente vive nas ruas de São Paulo, Eu vejo o áudiovisual com um papel muito determinante dentro da democracia, porque não adianta só a gente ter legislações contra a discriminação se a gente não tem mudanças culturais, e a arte ela é uma grande arma para isso, para a gente poder culturalmente se enxergar”, acrescenta Gabz.

    “Eu espero de verdade que a galera curta, que a galera sorria e chore, vão chorar muito! Que muita gente veja essa história que precisa tanto ser contada”, finaliza a protagonista.

    Durante as próximas duas semanas, a Max lançará, ainda, mais dois episódios.