Trilogia de “Batman” reflete medo do terrorismo e do fascismo, diz Nolan
Diretor de "Oppenheimer" confessou que costuma colocar em seus filmes coisas que lhe causam preocupação


Christopher Nolan afirmou, na quinta-feira (15), que os filmes da sua trilogia de “Batman” refletem o medo do terrorismo e do fascismo que ele sentia enquanto produzia os filmes.
Durante uma palestra no Instituto de Cinema Britânico, em Londres, o diretor disse que “Batman Begins”, lançado em 2005, reflete o medo do terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001.
“A intenção sempre foi ser honesto ao apresentar as coisas pelas quais fomos afetados, coisas que nos preocupavam. Certamente, quando olho para ‘Batman Begins’, há uma grande ênfase no terrorismo, obviamente, após o 11 de Setembro”, contou Nolan, para depois dizer que essa inclusão não foi consciente.
Ele também afirmou que o terceiro filme da trilogia, “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, lançado em 2012, reflete o medo do fascismo e da demagogia.
“Certamente, o Coringa de ‘Batman: O Cavaleiro das Trevas’ é sobre medo e anarquia e o medo da quebra de regras e o que isso fará com a sociedade. ‘Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge’ tem muito medo do fascismo, da demagogia”, confessou.
Nolan concorre ao Oscar de Melhor Direção com “Oppenheimer”, que recebeu outras 12 indicações à cerimônia que acontecerá em Los Angeles, no dia 10 de março.