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    Tricampeã: relembre os outros dois desfiles campeões da Viradouro

    Escola de Niterói levou seu terceiro título esse ano com um desfile sobre o vodum serpente

    Flávio Ismerimda CNN

    São Paulo

    A Unidos do Viradouro foi coroada, na apuração de quarta-feira (14), campeã do Carnaval de 2024. Esse foi o terceiro título da escola de samba de Niterói, que já havia vencido em outras duas oportunidades: 1997 e 2020.

    Com o enredo “Arroboboi, Dangbé”, que falava sobre o culto ao vodum serpente do reino de Daomé, na África Ocidental, e sua presença no Brasil. Com os descartes, a vermelho e branco obteve nota máxima em todos os quesitos e terminou a apuração com 270 pontos.

    Se em 2024 tudo foi redondo, os títulos de 1997 e 2020 tiveram elementos centrais que alçaram a escola de Niterói ao sucesso.

    Relembre abaixo como foram os desfiles campeões da Viradouro:

    1997 — “Trevas! Luz! A Explosão do Universo”

    Para levar seu primeiro título, a Viradouro contou com uma equipe recheada de estrelas, como Mestre Jorjão, o intérprete Dominguinhos do Estácio e o carnavalesco multicampeão Joãosinho Trinta.

    O enredo “Trevas! Luz! A Explosão do Universo” falava sobre o big bang e os primeiros instantes da criação do Universo, apresentando contrastes como o claro e o escuro. A grande sensação visual daquele ano foi o abre-alas todo preto, cor raramente aplicada de forma monocromática nos desfiles.

    Mestre Jorjão também tinha um trunfo: levou uma paradinha com funk para a Sapucaí e levantou o público.

    Naquela apuração, apenas duas notas da Viradouro não foram 10, mas acabaram sendo descartadas. A escola de Niterói conquistou a pontuação máxima com 180 pontos, meio ponto à frente da vice-campeã Mocidade Independente de Padre Miguel, que vinha de um título em 1996.

    2020 — “Viradouro de Alma Lavada”

    Após anos tentando repetir o sucesso de 1997, a Viradouro perdeu força até que foi rebaixada para o Grupo de Acesso em 2010, com um desfile sobre o México. Ela até voltou ao Grupo Especial em 2015, mas caiu novamente.

    O acesso em definitivo veio em 2018, que foi sucedido pela maior abertura de Carnaval da história da Sapucaí. Mesmo vindo da segunda divisão e sendo a primeira a desfilar no domingo, a Viradouro contou com o talento do tetracampeão Paulo Barros para conquistar o vice-campeonato.

    Com essas credenciais, ela se colocava como favorita ao título de 2020, mesmo sem contar com Paulo Barros. A escola de Niterói apostou em dois expoentes da segunda divisão, Marcus Ferreira e Tarcisio Zanon.

    O enredo escolhido, “Viradouro de Alma Lavada”, falava sobre as Ganhadeiras de Itapuã, um grupo de mulheres que faz apresentações musicais falando sobre as memórias de gerações de lavadeiras da Lagoa do Abaeté, na Bahia.

    Com um desfile caro, a Viradouro se credenciou ao título na força de sua comissão de frente, que encantou a Sapucaí com uma sereia, e do seu samba-enredo, cujo pré-refrão grudou na cabeça do público: “Oh, mãe, ensaboa, mãe, ensaboa, pra depois quarar”.

    Apesar de perder 4 décimos ao longo da apuração, a escola de Niterói terminou na primeira colocação e levou seu segundo título. Empatada com a Grande Rio em pontos, a Viradouro se saiu melhor no desempate no quesito evolução, já que a escola de Duque de Caxias havia sofrido com problemas de montagem e correria em seu desfile.

    Veja imagens do desfile campeão da Viradouro