Tina Turner morreu de causas naturais, diz porta-voz a jornal
Rainha do Rock faleceu aos 83 anos em sua casa na Suíça
A Rainha do Rock, Tina Turner, morreu de causas naturais, segundo um porta-voz da cantora. Ela tinha 83 anos e estava em sua casa na Suíça. As informações são do jornal britânico Daily Mail.
Ela lutou contra uma longa doença por anos, tendo sofrido um derrame, lutou contra um câncer intestinal e passou por um transplante de rim.
A morte da artista foi divulgada também em seus perfis oficiais na quarta-feira (24), com uma imagem e a legenda: “Com sua música e sua paixão sem limites pela vida, ela encantou milhões de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas de amanhã”.
“Hoje nos despedimos de uma querida amiga que nos deixa sua maior obra: sua música. Toda a nossa sincera compaixão vai para a família dela. Tina, sentiremos muito sua falta”, adiciona a publicação.
Turner surgiu de origens humildes e superou um casamento notoriamente abusivo para se tornar uma das artistas femininas mais populares de todos os tempos
A notícia foi seguida de diversas homenagens de celebridades e autoridades mundiais, como Beyoncé, Joe Biden, Oprah, Margareth Menezes, Angela Basset, Magic Johnson e outros.
Muitos destacaram a trajetória de Turner e superação, classificando-a como “diva”, “lendária”, “icônica”, “superestrela” e, principalmente, “inspiração”.
A rainha de cabelo espetado e salto alto
Turner, frequentemente chamada de a “rainha do Rock ‘n’ Roll”, foi uma das maiores cantoras de todos os tempos, conhecida por sucessos como “What’s Love Got to Do with It” e “(Simply) The Best”.
Uma artista ao vivo fascinante, Turner teve uma série de sucessos de R&B na década de 1960 e início dos anos 70 com seu marido dominador e violento, o guitarrista Ike Turner, antes de deixá-lo – fugindo de seu quarto de hotel em Dallas com 36 centavos.
Sua carreira solo fracassou por anos antes de ela montar um retorno impressionante em 1984 com seu álbum multiplatina “Private Dancer” e seu hit número 1, “What’s Love Got to Do With It”.
Em pouco tempo, Turner era uma superestrela global, comandando a MTV com suas perucas espetadas, saias curtas e famosas pernas longas desfilando pelos palcos de shows em saltos de sete centímetros.
O vídeo de sua música “What’s Love Got to Do with It”, no qual ela chamou o amor de “emoção de segunda mão”, atingiu o topo das paradas e sintetizou o estilo dos anos 1980 enquanto ela desfilava pelas ruas de Nova York com seu cabelo loiro espetado.
Turner ganhou seis de oito prêmios Grammy na década de 1980.
A década a viu colocar uma dúzia de canções no Top 40, incluindo “Typical Male”, “The Best”, “Private Dancer” e “Better Be Good to Me”.
Seu show de 1988, no Rio de Janeiro, atraiu 180 mil pessoas, que continua sendo uma das maiores audiências de shows para qualquer artista.
Enquanto sua resiliência fez dela uma heroína para mulheres vítimas de agressão em todos os lugares. Quando ela cantava sobre dor e mágoa com sua voz rouca e estridente, cada palavra soava verdadeira.
“Por muito tempo me senti presa, sem saída para a situação insalubre em que me encontrava”, disse ela à Harvard Business Review em 2021.
“Mas depois tive uma série de encontros com diferentes pessoas que me encorajaram… E uma vez que pude me ver claramente, comecei a mudar, abrindo caminho para a confiança e a coragem. Demorou alguns anos, mas finalmente consegui defender minha vida e começar de novo.”