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    “The White Lotus”: Belinda não é a única personagem que retorna no 3ª ano

    Terceira temporada da aclamada série da HBO estreou neste domingo (16)

    Dan Hechingda CNN

    Viajantes, é hora de mais uma estadia no White Lotus. O que poderia dar errado?

    Como vimos nas duas temporadas anteriores, a resposta é, definitivamente, muita coisa. E nesta nova temporada, as coisas prometem ser ainda mais intensas, já que, logo de cara, tudo começa com um grande impacto.

    Ou melhor, um som distante de “clack-clack”, que Zion Lindsey (Nicholas Duvernay) – o filho visitante de Belinda (Natasha Rothwell) – reconhece imediatamente como disparos de arma de fogo. Sua meditação zen, em uma varanda deslumbrante cercada por água e lírios, é interrompida abruptamente, e Zion logo se vê na água, orando em silêncio à estátua de Buda pela segurança de sua mãe, enquanto mais tiros ecoam e pessoas correm para se abrigar.

    Nesse momento – assim como nas aberturas das duas temporadas anteriores – a evidência de um corpo morto surge em cena.

    A partir daí, o episódio retrocede uma semana, à medida que os principais personagens da temporada chegam ao moderno resort, que mais parece uma ilha paradisíaca. Como nas temporadas anteriores, o criador de “The White Lotus”, Mike White, apresenta uma nova série de personagens.

    Embora à primeira vista eles pareçam fáceis de entender, não se engane: há, sem dúvida, muito mais escondido sob a superfície. Neste primeiro episódio, o foco está nos Ratliffs, uma família rica da Carolina do Norte.

    A matriarca, Victoria (Parker Posey), uma mulher volúvel e viciada em medicamentos, afirma que a família é “normal” em certa medida (claro, com certeza). Ela fala bem do marido, Timothy (Jason Isaacs), um homem sério e rígido financeiramente, e se dedica aos três filhos: o problemático e mais velho Saxon (Patrick Schwarzenegger), a irmã do meio, meditativa e rebelde Piper (Sarah Catherine Hook), e o caçula Lochlan (Sam Nivola), que é perdido e impressionável. E sim, os nomes dos filhos são, de fato, bem chamativos.

    Atores de "The White Lotus": Patrick Schwarzenegger, Sarah Catherine Hook e Sam Nivola
    Atores de “The White Lotus”: Patrick Schwarzenegger, Sarah Catherine Hook e Sam Nivola • Divulgação

    A família Ratliff está se acomodando em sua casa de férias quando enfrentam o primeiro pequeno problema: há apenas três quartos, e Lochlan precisa decidir entre dormir com a irmã ou com o irmão. Logo fica claro que Piper e Saxon competem pelo afeto de Lochlan, além de disputarem a posição de maior influência.

    A situação se intensifica quando Lochlan precisa escolher entre visitar um mosteiro com Piper ou ir à piscina com Saxon – uma decisão que, estranhamente, parece de grande importância. Além disso, os Ratliffs ficam surpresos ao descobrir que o White Lotus proíbe o uso de smartphones e tecnologia, oferecendo a opção de trancar os dispositivos em um cofre durante a estadia.

    Eles ficam aliviados ao saber que essa regra é opcional, desde que evitem usar os celulares nas áreas comuns. Ainda bem, já que um jornalista do Wall Street Journal está tentando entrar em contato com Timothy de forma bastante insistente.

    Um rosto estranhamente familiar

    No bar do hotel, encontramos Chloe (Charlotte Le Bon), uma ex-modelo deslumbrante que vive com seu namorado mal-humorado, Gary, no topo da colina acima do resort. Ela aponta para ele, que está em uma mesa próxima – e, para nossa surpresa, “Gary” não é ninguém menos que Greg (Jon Gries), o nadador com a tosse estranha que cortejou Tanya McQuoid (Jennifer Coolidge) na primeira temporada de White Lotus e se tornou seu marido na segunda temporada… até que, no meio da viagem, ele misteriosamente voou de volta para casa, e Tanya acabou morrendo no Mar Mediterrâneo.

    Greg (personagem vivido por Jon Gries) retorna para a terceira temporada da produção
    Greg (personagem vivido por Jon Gries) retorna para a terceira temporada da produção • Divulgação

    A presença de Greg nesta temporada certamente trará algumas respostas, mas, considerando como as coisas acontecem no White Lotus, é provável que também surjam mais perguntas.

    Antes do final do episódio, vemos Saxon e Lochlan em seu quarto de hotel, onde fica claro que os dois irmãos têm questões não resolvidas. Saxon compartilha sua visão sobre a vida – resumidamente, ele acredita que religiões como o budismo são para pessoas que “nem se esforçam” e que “é bom querer coisas, desde que você consiga conquistá-las”.

    Quando Lochlan pergunta: “Mas o que eu quero, eu acho?”, Saxon responde: “Sexo, dinheiro, liberdade, respeito.” Ele então pergunta ao irmão mais novo que tipo de pornô ele gosta, antes de anunciar que vai para o banheiro se masturbar.

    Saxon então segue, nu, até o banheiro, enquanto Lochlan o observa, em uma cena bem… constrangedora, como só Mike White sabe criar.

    No tema

    Parker Posey e Jason Isaacs em The White Lotus
    Parker Posey e Jason Isaacs em “The White Lotus” • Divulgação

    White afirmou que, enquanto a primeira temporada abordava privilégio e classismo e a segunda tratava de dinâmicas sexuais e relacionamentos, a terceira se concentrará em “religião, espiritualidade e Deus”.

    Além das teorias brutais de Saxon, há outras referências a esses temas no episódio de estreia, como a oração desesperada de Zion durante a intensa sequência inicial, em que, em determinado momento, ele expressa raiva divina caso as coisas não aconteçam como ele deseja.

    Outra cena ocorre quando sua mãe, Belinda, faz um tour pelo local com seu colega tailandês, Pornchai (Dom Hetrakul), que está auxiliando em sua estadia de três meses no resort (ela menciona que espera “trazer a magia de volta para Maui” após um período “difícil nos últimos anos”). Pornchai leva Belinda até uma casa espiritual tailandesa – um pequeno templo ao lado de uma construção maior no hotel, destinado a ofertas a deuses em troca de proteção e boa sorte.

    Após orarem, planos prolongados da casa espiritual transmitem uma sensação de altos e baixos prestes a acontecer. Por fim, ouvimos Piper escutando um audiolivro chamado “Loving Kindness”, onde o narrador discute como a identidade é uma prisão da qual ninguém escapa – “rico ou pobre, sucesso ou fracasso.

    Construímos nossa prisão, nos trancamos nela e jogamos a chave fora.” Parece um resumo duro, mas preciso, de praticamente qualquer personagem que já tenha passado pelo “The White Lotus”.

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