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    The Last of Us: novo episódio é aclamado ao explorar história de amor de Bill e Frank

    Episódio mergulha na relação entre Bill e Frank, personagens secundários na história original do jogo e com trama pouco explorada, e é elogiado pelos fãs

    Sofia Sampaioda CNN

    Atenção: esse conteúdo contém spoilers sobre o terceiro episódio de “The Last of Us”, exibido no domingo (29) na HBO.

    Desde o anúncio da adaptação do jogo “The Last of Us”, da HBO, os fãs já sabiam que a série não seria 100% fiel à história original, mas os 80 minutos da produção exibidos neste domingo (29) surpreenderam bastante.

    Se os dois primeiros episódios já davam indícios de que estamos presenciando uma das melhores adaptações de videogame nos últimos tempos (senão a melhor), o terceiro capítulo, dirigido por Craig Mazin, Neil Druckmann e Peter Hoar, chamou atenção do público geral e fãs do game por não focar nos personagens principais da trama.

    Seguindo a deixa do capítulo anterior, continuamos acompanhando a trajetória e relação de Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey).

    Apesar de apresentar novas informações sobre os infectados e na dinâmica entre os protagonistas após eventos trágicos, o foco e destaque estão nos personagens Bill e Frank, interpretados incrivelmente bem por Nick Offerman (“Parks and Recreation”) e Murray Barlett (“The White Lotus”), respectivamente.

    No jogo, ambos são personagens secundários com uma história bem subjetiva. De maneira ainda mais simplificada, Bill ajuda Ellie e Joel a fugirem com um carro e é retratado como um homem “lunático” e “rabugento” que vive com Frank, que comete suicídio após ser mordido por um infectado.

    Na série, os diretores e produtores aprofundam esta relação de maneira rica, delicada e com nuances simples, mas significativas. É aqui que a produção mostra (mais uma vez) como e porque pode ser considerada uma grande adaptação – e só estamos no terceiro episódio da primeira temporada.

    “Existe um fio adorável que indica essa sugestão entre Bill e Frank no jogo”, disse Mazin à Insider, destacando a oportunidade de respirar fundo na história, após dois capítulos intensos, e mostrar um ponto diferente na luta pela sobrevivência.

    “Só sugeri ao Neil [Druckmann] que puxássemos esse fio e levássemos à uma direção diferente para mostrar a passagem do tempo e explorar temas que são importantes para a série, sobre o que significa amar alguém, os diferentes tipos de amor, incluindo aquele que pode ser muito protetor, violento e perigoso, e como poderíamos dar uma vitória a esses dois homens”, explicou Mazin.

    No programa, conhecemos Bill em uma versão ainda cética, mas mais humana, que sabe que há algo pelo qual vale lutar – ainda que durante o fim do mundo: Frank. “Este Bill, neste mundo – no mundo do show – eventualmente muda, se inclina para esse amor e sente: “Ah, isso é o que é importante nesta vida”, acrescentou o roteirista.

    / Reprodução / HBO

    O episódio nos apresenta uma história de 20 anos de amor, ternura e melancolia em meio ao caos e apocalipse zumbi. Ao voltar para 2023, ano em que a série se desenrola, Frank, debilitado, depende de Bill para as tarefas mais básicas.

    Neste companheirismo demonstrado nas “nuances”, Frank decide não mais viver e planeja o último dia ao lado de Bill – provavelmente o ápice da emoção deste episódio. Depois de compartilharem uma boa refeição, afeto e um diálogo sensível, Frank toma os remédios para, enfim, interromper o sofrimento.

    Outra diferença em relação ao jogo é que Bill não vê sentido em continuar vivo sem o amado – o que é confirmado na carta encontrada por Joel e Ellie.

    Repercussão

    Muitos internautas demonstraram nas redes sociais como o terceiro episódio surpreendeu positivamente – apostas para indicações ao Emmy e outros elogios entraram nos assuntos mais comentados do Twitter no final deste domingo (29).

    Porém, alguns fãs fieis acreditam que a trama “se perdeu” ao abordar a história entre Bill e Frank, considerando o episódio “desnecessário”. Confira algumas reações:

     

    “O escritores de “The Last of Us” assim: “Nossa, Joel precisa de um carro. E se a gente escrever a hora mais comovente e destruidora da televisão no mundo?” 

     

     

    O quarto episódio estreia no próximo domingo, 5 de fevereiro, às 23h (horário de Brasília).

     

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