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    Tati Bernardi fala sobre criar uma filha “herdeira”: “Não tem como culpar”

    Escritora contou à CNN os desafios envolvidos na criação de sua filha após ter ascendido socialmente

    Fernanda Pinottida CNN

    Segundo a própria Tati Bernardi, seu novo livro, “A Boba da Corte”, foi escrito para tirar sarro dos herdeiros da elite intelectual brasileira e de si mesma, por ter ficado tão deslumbrada com a possibilidade de fazer parte deste mundo.

    Nascida e criada na zona leste de São Paulo em uma família de classe média, a escritora hoje mora em um bairro nobre próximo ao centro e precisou se acostumar com um novo círculo social formado por pessoas que nasceram parte desta elite. Na verdade, há sete anos, ela também precisa lidar com o desafio de criar uma filha que já veio ao mundo neste contexto, a pequena Rita.

    “É uma super questão para mim”, disse Tati em entrevista à CNN. “Por que minha filha, ela já nasceu herdeira. E eu fiz um livro inteiro tirando sarro de herdeiro.”

    Segundo a escritora, sua maior preocupação é ensinar a filha a importância de trabalhar e conquistar as coisas, mesmo já tendo uma condição financeira boa.

    “O que eu falo muito para minha filha é: a minha mãe teve uma vida melhor que a minha avó, eu tive uma vida melhor do que a minha mãe, e ela já está tendo uma vida melhor do que eu tive. São pessoas que pegaram o que ganharam dos seus pais e transformaram isso em algo, cresceram um degrau”, explicou ela.

    “O maior pavor que eu tenho na vida é dela ser essas peruas que não querem trabalhar. Porque assim, ela gostar de dinheiro não tem problema nenhum. Eu gosto, o pai gosta, e acho mais que a gente tem que gostar de dinheiro mesmo. Mas ela achar que isso vai vir fácil, que ela não vai ter que ir atrás disso, esse é o maior pavor que eu tenho”, completou Tati.

    Embora ela saiba que a filha está crescendo cercada de privilégios, também sabe que ela é apenas uma criança: “Não tem como culpar ela. Agora, eu culpo a mim, né? Eu tenho essa conversa com o pai o tempo inteiro. Acho que agora ela é muito nova para a gente ter uma conversa séria sobre classe social, a pobreza no Brasil, a violência, mas é algo que a gente quer ficar de olho.”

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