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    Submarino no Titanic: Manual do Mundo explica por que é tão difícil achar embarcação

    Iberê Thenório, do Manual do Mundo, também conta como foi sua experiência construindo um submarino

    Manual do Mundo

    Em 2021, o Manual do Mundo, maior canal de ciência e tecnologia da América Latina, colocou com sucesso um submarino construído do zero no fundo do mar de Paraty, no Rio de Janeiro. Foram quatro anos dedicados ao projeto.

    Muitas pessoas relembraram da embarcação do canal após o desaparecimento do submersível da empresa OceanGate, que iniciou uma expedição turística até o local do naufrágio do Titanic, na costa de St John’s, Newfoundland, no Canadá.

    O jornalista e co-fundador do Manual do Mundo, Iberê Thenório, comenta que existem várias dificuldades no resgate do submersível da OceanGate por conta do lugar da expedição, que é gelado e profundo.

    “Os submarinos militares existem, justamente, porque são muito difíceis de encontrar. Então, a grande vantagem de um submarino em uma guerra é que ninguém acha a embarcação. Ainda mais nesse tamanho [da embarcação da OceanGate], fica mais difícil de encontrar. Por aí, já conseguimos medir a dificuldade que tem neste tipo de busca”, explica.

    As buscas pelo submersível continuam, mas existe outro problema para quando o encontrarem: a retirada da embarcação da água. Poucos veículos aquáticos são capazes de chegar a uma profundidade de 3,8 km.

    Para se ter uma ideia, os submarinos novos do Brasil, da classe Riachuelo, descem no máximo a uma profundidade de 300 metros. E o recorde mundial de profundidade de um submarino é de uma embarcação militar russa, que chegou a 1.027 metros.

    “É um desafio que eu não sei ainda como é que eles vão resolver”, afirma Iberê. “A distância é muito grande da superfície até o fundo”.

    Mas e o submarino do Manual do Mundo? Era seguro mesmo?

    Para que essa missão fosse a mais segura possível, foram adotadas diversas medidas. A jornada do Ariranha foi feita em um local com uma profundidade máxima de 7 metros e acompanhada o tempo todo por mergulhadores profissionais.

    Outra preocupação foi construir uma embarcação pressurizada, ou seja, conforme o submarino descia, a pressão na cabine ia aumentando e igualando com a pressão externa, evitando força em cima do casco.

    Em testes prévios ao dia do mergulho oficial no mar, o jornalista treinou saídas de emergência da embarcação em uma piscina. Era possível encher a embarcação de água para igualar a pressão interna e externa, abrir a escotilha por dentro e sair nadando do submarino.

    Ao todo, foram projetadas 11 medidas para que a expedição do canal fosse extremamente segura, como, de fato, aconteceu.