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    Síndrome de Ménière: entenda doença rara que afetou audição da cantora Jessie J

    Doença não tem cura, mas pode ser tratada e seus efeitos amenizados

    Raphael Coraccini, colaboração para a CNN Brasil

    A cantora Jessie J anunciou em seu Instagram que foi diagnosticada com a Síndrome de Ménière, também conhecida como hidropsia endolinfática. Na véspera de Natal, ela havia comentado sobre dificuldades para ouvir pelo lado direito e de andar em linha reta.

    A doença pode, gradativamente, reduzir a capacidade auditiva em definitivo. Um dos efeitos mais notados durante as crises é a perda de audição. Ela acontece no ouvido interno, quando há deterioração dos condutores nervosos que levam os sinais sonoros até o cérebro. Durante as crises, a pessoa tem dificuldade em ouvir sons mais fracos e os mais fortes ficam abafados.

    Outra caraterística comum da Síndrome de Ménière é a chamada “plenitude aural”, que causa a sensação de ouvido cheio, sensação sobre a qual a cantora comentou em seu Instagram quando tentava se concentrar na série “Gambito da Rainha”, depois de receber o diagnóstico. “Eu assisti o primeiro episódio quatro vezes porque estava sem foco e parece que alguém entrou no meu ouvido e ligou um secador de cabelo”, postou.

    As crises causadas pela doença demoram entre 20 minutos e 24 horas e podem ser confundidas com labirintite. Os motivos para o desencadeamento podem ser estresse, ciclo menstrual, cigarro ou alterações na dieta.

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    Entenda

    A causa da doença é a distensão dos músculos do ouvido que armazenam a endolinfa, o líquido do labirinto, responsável não só por funções auditivas, mas por manter o equilíbrio do corpo. A Síndrome de Ménière provoca um aumento da pressão do líquido dentro do ouvido interno, o que também causa dificuldade de andar em linha reta.

    Considerada rara, a síndrome atinge de 46 a 200 pessoas a cada 100 mil indivíduos, segundo estudo sobre a “Evolução clínica de pacientes com doença de Ménière”, publicado na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. Ela se manifesta em pessoas com idade entre 20 e 50 anos e tem maior prevalência entre as mulheres. Jessie J tem 32 anos.

    A doença, que na maioria das vezes afeta apenas um dos ouvidos, pode progredir e trazer danos permanentes à audição. Ela não tem cura, mas pode ser tratada e seus efeitos amenizados por meio do uso de diuréticos e adaptação a uma dieta com pouca quantidade de sódio, álcool e cafeína. A fisioterapia na região auricular também é recomendada.

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