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    Relações abusivas voltam a marcar o BBB: aprenda a identificar esse tipo de situação

    O apresentador Tadeu Schmidt chamou a atenção do casal Bruna e Gabriel; saiba como fazer isso com alguém próximo

    Isabela Gadelhada CNN

    No BBB 23, Gabriel e Bruna Griphao têm chamado atenção por conta de um relacionamento nada saudável. À princípio, fãs do programa reclamaram sobre o fato de que, com a aproximação, Bruna Griphao acabou se perdendo no jogo.

    A atriz se afastou da amiga Larissa Santos, de quem se tornou inseparável desde o primeiro dia, e deu prioridade ao modelo. Na última sexta-feira (20), mesmo sendo líder ao lado de Bruna, Larissa dormiu no chão do quarto porque a amiga levou Gabriel para dormir na cama.

    Vieram também diálogos que foram problematizados pelos telespectadores. Em um momento, a atriz disse que era “o homem da relação” e o modelo afirmou: “Mas já, já você vai tomar umas cotoveladas na boca.”

    Na edição do último domingo (22), o apresentador Tadeu Schmidt mencionou esse diálogo na frente dos participantes e deu um alerta aos brothers sobre a direção que o relacionamento está tomando:

    “Vocês estão percebendo que tem alguma coisa errada? Estou aqui para fazer um alerta antes que seja tarde. Quem está envolvido em um relacionamento [tóxico] talvez nem perceba, acha que é normal. Mas quem ‘tá’ de fora consegue enxergar quando os limites estão prestes a serem gravemente ultrapassados”, declarou.

    Segundo o psicólogo Ricardo Milito, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Diretor Científico do Instituto Bem do Estar, é comum que, ao entrar em um relacionamento, a pessoa acabe priorizando esse novo vínculo em detrimento das amizades.

    “Porém, o afastamento de amigos pode indicar uma relação abusiva. Algumas pessoas mudam de comportamento e deixam de ter contato com amigos, pois temem criar conflitos, frustrar ou perder seus parceiros”, explica.

    Segundo Milito, o parceiro deve sempre respeitar amizade e envolvimento com outros grupos. “É importante investir tempo também nas amizades e não somente nos relacionamentos amorosos”, diz.

    CARACTERÍSTICAS DE RELACIONAMENTOS TÓXICOS

    Segundo o psicólogo, essas são algumas características que você deve prestar atenção em seu relacionamento:

    • Parceiros controladores e ciumentos;
    • Ameaças;
    • Críticas disfarçadas de elogios;
    • Violência (verbal, psicológica, sexual, patrimonial, moral ou física);
    • Ansiedade;
    • Insegurança;
    • Medo;
    • Baixa autoestima.

    COMO ABORDAR ALGUÉM EM UM RELACIONAMENTO TÓXICO

    Se você conhece alguém que está passando por isso, o psicólogo Ricardo Milito aconselha perguntar como ela está se sentindo e dizer que podem confiar em você para compartilhar suas dificuldades.

    Depois, podem conversar sobre o que é um relacionamento tóxico, trazendo algumas das características mencionadas aqui.

    A partir daí, você pode questionar a pessoa se ela acha que está vivendo um relacionamento tóxico e compartilhar suas impressões de forma gentil e acolhedora.

    Sugira que a pessoa busque a ajuda de um psicólogo para saber como lidar com a situação.

    OS PRIMEIROS SINAIS

    Qualquer pessoa pode se envolver em um relacionamento abusivo, especialmente porque os sinais podem ser difíceis de identificar no início da relação, quando o comportamento do abusador ainda é sutil.

    Milito aconselha conversar e avaliar a opinião do parceiro sobre algumas questões.

    Por exemplo:

    • O que ele acha sobre você sair com amigos sem ele?
    • Quais motivos o frustra facilmente em um relacionamento?

    DENUNCIE

    A intromissão de Tadeu Schmidt na casa do BBB 23 foi um bom exemplo de como intervir em uma relação que não está saudável.

    Os participantes estão em confinamento e não podem ter informações do lado de fora, mas, ao falar brevemente como está a relação de Bruna e Gabriel, o apresentador fez uma exceção que está sendo elogiada e que pode impedir que algo mais sério aconteça futuramente.

    “É importantíssimo denunciarmos a violência contra mulheres. Aquele ditado ‘em briga de marido e mulher não se mete a colher’ está totalmente errado, pois a vida de uma mulher está em risco e ela pode não conseguir sair dessa situação sem a sua ajuda”.

    Conforme o artigo 5º da Lei da Maria da Penha, “configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.

    Para denunciar, você pode ligar para o 180 (Central de Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar) ou o 197 (disque-denúncia).

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