Paula Fernandes sobre machismo no sertanejo: “Queremos igualdade”
À CNN, a sertaneja celebrou o prêmio de Ana Castela no Grammy Latino e diz que ele exemplifica o bom trabalho das cantoras deste gênero
A cantora Paula Fernandes, 40, falou sobre a falta de mulheres na lista de atrações de eventos de música sertaneja, mesmo elas já tendo conquistado seu espaço e estarem em destaque na indústria.
Em entrevista à CNN, ela contou que “geralmente você vê um outdoor com cinco homens e uma mulher, então, contratantes, vamos convidar as mulheres — seja eu ou sejam as minhas colegas de trabalho — porque merecemos, estamos fazendo um trabalho bonito”.
Paula lembrou que o trabalho que as mulheres estão fazendo na música é tão bom que está ganhando reconhecimento internacional — citando a vencedora do Grammy Latino 2024 na categoria “Melhor Álbum de Música Sertaneja”, a cantora Ana Castela, com seu álbum “Boiadeira Internacional (Ao Vivo)”.
“Me senti representada e me senti lá ganhando o prêmio, porque eu sei o que é isso — sei o que é você sair do nada, de ser uma pessoa do interior, da roça, de bota, e de repente estar em Las Vegas ganhando o Grammy Latino. É muito pirante”, comentou a dona do sucesso “Pássaro de Fogo” à CNN.
A cantora defende que ainda falta equidade no mundo da música sertaneja para tornar igualitária a quantidade de mulheres em eventos.
“Contra boas obras, não há argumentos. Eu acredito que estejam vindo outras grandes cantoras e seja questão de tempo para termos um número pelo menos equilibrado”, refletiu Paula.
A artista concorreu, em junho, ao 31º Prêmio da Música Brasileira na categoria “Intérprete de sertanejo” — o reconhecimento do ano ficou para a cantora Roberta Miranda.
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