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    Oscar: brasileiros que já concorreram à premiação e você não sabia

    Além de artistas famosos, há uma vasta lista de indicações e participações brasileiras na lista da mais famosa premiação do cinema

    Fernanda Montenegro é atriz brasileira considerada injustiçada no Oscar
    Fernanda Montenegro é atriz brasileira considerada injustiçada no Oscar Vince Bucci via Getty Images

    Nicoly Bastosda CNN

    São Paulo

    A mais famosa premiação mundial do cinema, o Oscar, já teve nomes brasileiros em sua lista de concorrentes. Seja por filmes que disputaram a categoria principal da premiação, como “O Beijo da Mulher-Aranha”, seja por atrizes brasileiras que foram indicadas na categoria “Melhor Atriz”, como Fernanda Montenegro, o país é representado no evento desde 1945.

    Ao longo dos anos, o Brasil marcou presença no Oscar tanto com produções totalmente nacionais, como com participações em produções estrangeiras. Vale ressaltar também que há brasileiros entre os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, ou seja, personalidades que podem votar no Oscar, como a própria Fernanda Montenegro.

    Veja as principais nomeações brasileiras no Oscar que, provavelmente, você não sabia:

    • Ary Barroso, indicado à “Melhor Canção Original”

    A primeira nomeação brasileira no Oscar ocorreu em 1945, quando a canção “Rio de Janeiro”, de Ary Barroso, que concorreu à categoria de “Melhor Canção Original”, pelo filme estadunidense “Brazil”. A música, no entanto, não levou a estatueta para casa, já que o prêmio ficou com “Swinging on a Star”, do filme “O Bom Pastor”.

    • Fernanda Montenegro, indicada à “Melhor Atriz”

    A indicação brasileira mais popular foi a de Fernanda Montenegro, nomeada ao Oscar de 1999 na categoria de “Melhor Atriz” pela atuação em “Central do Brasil”. Sua derrota é considerada uma das mais injustiçadas da história da premiação. A vitória ficou com Gwyneth Paltrow, por “Shakespeare Apaixonado”.

    Em 2020, a atriz Glenn Close chegou a dizer durante sua participação no programa Good Morning America, que o prêmio tinha que ter sido de Montenegro.

    “Eu me lembro do ano em que Gwyneth Paltrow ganhou daquela atriz incrível em Central do Brasil. Eu pensei: ‘O que? Não faz sentido'”, relembrou ela.

    Fernanda Montenegro, por sua vez, disse no Conversa com Bial que nem ela, nem Gwyneth levavam sua torcida.

    “Teria dado o prêmio para a [Cate] Blanchett”, opinou.

    • “O Beijo da Mulher-Aranha”, indicado à “Melhor Filme”

    O Brasil já teve um filme indicado a principal categoria do Oscar. O ano era 1986 e “O Beijo da Mulher-Aranha”, longa américo-brasileiro recebia uma indicação a “Melhor Filme”.

    O filme conta com direção do argentino naturalizado brasileiro Héctor Eduardo Babenco. O filme não chegou a vencer a categoria, mas não saiu sem uma estatueta, já que levou o prêmio pela categoria de “Melhor Ator”, pela atuação de William Hurt.

    • Carlos Saldanha, quatro indicações ao Oscar

    Carlos Saldanha já dirigiu quatro filmes indicados ao Oscar: “A Era do Gelo” (indicado em “Melhor Animação”), “Gone Nutty” (“Melhor Curta-metragem de Animação”), “Rio” (Melhor Canção Original) e “O Touro Ferdinando” (“Melhor Animação”). O brasileiro nunca chegou a levar uma estatueta para casa.

    • “Democracia em Vertigem”, indicado à “Melhor Documentário”

    A última nomeação do Brasil no Oscar, até o momento, é o documentário “Democracia em Vertigem”, dirigido por Petra Costa e produzido por Tiago Pavan. A estatueta de “Melhor Documentário”, no entanto, ficou com “Indústria Americana”.

    • Rodrigo Teixeira – EXTRA

    A produção “Me Chame pelo Seu Nome”, do diretor Luca Guadadigno, tem uma “parte brasileira” significativa. Isso porque a produtora paulista RT Features, encabeçada pelo produtor Rodrigo Teixeira, financiou um terço dos 3 milhões euros dos custos da obra. O filme levou a estatueta na categoria “Melhor Roteiro” em 2019.

    Confira lista completa de brasileiros indicados ao Oscar

    Indicações brasileiras por produções completamente brasileiras

    • 1963 – “O Pagador de Promessas” – Melhor Filme Internacional
    • 1996 – “O Quatrilho” – Melhor Filme Internacional
    • 1998 – “O Que é Isso, Companheiro?” – Melhor Filme Internacional
    • 2001 – “Uma História de Futebol” – Melhor Curta-metragem em Live-action
    • 2004 – “Cidade de Deus” – Melhor Diretor (Fernando Meirelles), Melhor Roteiro Adaptado (Bráulio Mantovani), Melhor Edição (Daniel Rezende), Melhor Fotografia (César Charlone)
    • 2016 – “O Menino e o Mundo” – Melhor Filme de Animação
    • 2020 – “Democracia em Vertigem” – Melhor Documentário

    Indicados brasileiros em produções estrangeiras

    • 1945 – “Brazil” – Melhor Canção Original para “Rio de Janeiro”, de Ary Barroso
    • 1982 – “El Salvador: Another Vietnam” – Melhor Documentário, com Tetê Vasconcellos na direção
    • 1993 – “Howards End” – Melhor Direção de Arte (Luciana Arrighi). Venceu a categoria
    • 1994 – “The Remains of the Day” – Melhor Direção de Arte (Luciana Arrighi)
    • 2000 – “Anna and the King” – Melhor Direção de Arte (Luciana Arrighi)
    • 2004 – “Gone Nutty” – Melhor Curta-metragem de Animação, com Carlos Saldanha na direção
    • 2012 – “Rio” – Melhor Canção Original para “Real in Rio”, de Sérgio Mendes e Carlinhos Brown
    • 2018 – “O Touro Ferdinando” – Melhor Filme de Animação, com direção de Carlos Saldanha

    Coproduções brasileiras indicadas

    • 1960 – “Orfeu Negro” – Melhor Filme Internacional (produção francesa em língua portuguesa)
    • 1979 – “Raoni” – Melhor Documentário (Luiz Carlos Saldanha na direção)
    • 1986 – “O Beijo da Mulher-Aranha” –  Melhor Filme, Melhor Diretor (Héctor Babenco), Melhor Ator (William Hurt como vencedor) e Melhor Roteiro Adaptado
    • 1999 – “Central do Brasil” – Melhor Filme Internacional, Melhor Atriz (Fernanda Montenegro)
    • 2005 – “Diários de Motocicleta” – Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Canção Original (do diretor Walter Salles)
    • 2011 – “Lixo Extraordinário” –  Melhor Documentário (com João Jardim na equipe)
    • 2015 – “O Sal da Terra” – Melhor Documentário
    • 2018 – “Me Chame Pelo Seu Nome” – Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado (venceu), Melhor Ator e  Melhor Canção Original