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    “Oppenheimer” estreará no Japão em 2024 após polêmica

    Filme foi adiado após japoneses reclamarem de que o longa estava "menosprezando" os desastres da bomba atômica após brincadeiras de "Barbenheimer"

    Cillian Murphy em "Oppenheimer"
    Cillian Murphy em "Oppenheimer" Divulgação/Universal Pictures

    Jack Guyda CNN

    O filme “Oppenheimer”, um dos maiores sucessos deste ano no cinema, só chegará nos cinemas do Japão no ano que vem. A estreia ocorre meses desde que chegou às telonas no resto do mundo, mas ainda não há uma data específica.

    O longa foi adiado após a polêmica de uma controversa campanha de marketing não oficial que, segundo os críticos, acabou banalizando os ataques nucleares a Hiroshima e Nagasaki, em 1945, que resultaram em mais de 110 mil mortos e depois mais 10 mil mortes em decorrência dos efeitos da explosão.

    O filme dirigido por Christopher Nolan e estrelado por Cillian Murphy será lançado no Japão apenas em 2024. Segundo comunicado da distribuidora de “Oppenheimer”, o filme “está sendo descrito como a maior obra prima de Nolan e ganhando atenção em todas as categorias de prêmios de cinema”.

    Baseado na história do físico J. Robert Oppenheimer, o filme de três horas quebrou diversos recordes desde sua estreia, como o filme ambientado na Segunda Guerra Mundial com maior bilheteria, segundo a Universal.

    O longa sobre o pai da bomba atômica foi lançado em julho deste ano, junto com “Barbie”. Dessa forma, surgiu o meme “Barbenheimer” – já que muitas pessoas decidiram fazer a sessão dupla no cinema e assistir aos dois longas.

    Isso, no entanto, não foi bem visto no Japão. A conta oficial de “Barbie” no X, antigo Twitter, chegou a, inclusive, compartilhar memes em que Oppenheimer aparecia com a boneca no ombro no meio da destruição causada pela bomba atômica. O movimento gerou que diversos japoneses levantassem a tag “NoBarbenheimer”. A Warner Bros. chegou a se desculpar pelo lançamento de “Barbie” ter causado memes relacionados à bomba atômica, que causou imensa destruição no país, nos casos de Hiroshima e Nagasaki.

    Jeffrey J Hall, um acadêmico estadunidense que mora em Tóquio, disse que a polêmica é um “lembrete de que a percepção da distância entre o Japão e os Estados Unidos sobre as armas nucleares. Japoneses cresceram aprendendo sobre os horrores da bomba atômica, com a cerimônia anual de memorial dos mortos sendo assunto falado nacionalmente… mesmo com 78 anos, esses eventos não foram esquecidos no Japão.”

    Este conteúdo foi criado originalmente em Internacional.

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