Olivia Colman diz que ganharia mais dinheiro se fosse homem

A atriz britânica Olivia Colman criticou as disparidades salariais entre homens e mulheres, declarando que receberia “muito mais” se fosse homem.

A estrela, que ganhou um Oscar de Melhor Atriz em 2019 por seu papel principal como Rainha Anne em “A Favorita”, de Yorgos Lanthimos, fez a afirmação em uma entrevista a Christiane Amanpour, da CNN Internacional.

Lá, para discutir seu filme atual, “Wicked Little Letters” junto com a diretora do longa Thea Sharrock, a atriz de 50 anos sugeriu não haver justificativa para pagar menos às mulheres do que aos homens.

Ela estava respondendo a uma pergunta que Amanpour fez a Sharrock, perguntando se as atrizes agora são consideradas “grandes atrações de bilheteria”.

“Eu diria que sim”, disse a diretora antes de Colman interrompê-la.

“A pesquisa sugere que eles sempre foram grandes atrativos de bilheteria, mas eles optaram por dizer…”

Colman, que interpretou a Rainha Elizabeth II na terceira e quarta temporadas de “The Crown”, fez uma breve pausa, acrescentando: “Não me fale sobre a disparidade salarial”.

“Os atores masculinos recebem mais porque costumavam dizer que atraíam o público, mas na verdade isso não acontecia há décadas. Mas eles ainda gostam de usar isso como uma razão para não pagar tanto às mulheres quanto aos homens. Principalmente em nossa indústria”, continou.

Amanpour então perguntou: “Você sofre com disparidade salarial? Quero dizer, você é uma atriz ganhadora do Oscar, Olivia?”

“Estou muito ciente de que se eu fosse Oliver Colman estaria ganhando muito mais do que ganho”, respondeu a atriz.

Reagindo com surpresa, Amanpour perguntou: “Sério?” Colman respondeu: “Absolutamente, sim”.

Ela disse estar “consciente de um (exemplo de) disparidade salarial que representa uma diferença de 12.000%”, embora não tenha mencionado os nomes dos indivíduos envolvidos.

Colman e Sharrock, que também dirigiram o choroso “Como Eu Era Antes de Você”, de 2016, estrelado por Emilia Clarke, estavam lá para discutir sua nova comédia sobre um escândalo de cartas que abalou uma cidade litorânea inglesa há um século.

O filme conta a história de um jovem irlandês recém-chegado à cidade interpretado por Jessie Buckley que é acusado de enviar uma série de cartas com palavras grosseiras aos residentes conservadores da cidade.

Quando questionada se houve muitos palavrões no set, Sharrock disse: “Olivia é incrivelmente desbocada”, antes de acrescentar “Todos nós somos”.

“Acho que é um bom tempero para a linguagem”, disse Colman, que acrescentou que tendia a xingar mais quando estava nervosa.

Quando questionada sobre qual é seu palavrão favorito, Colman disse: “O público americano realmente não gosta da minha palavra favorita”.

A palavra em si foi bipada, embora Colman tenha tentado justificá-la dizendo: “Eu afirmo que é na verdade uma palavra bastante culta porque Chaucer a usou”.