O que Beyoncé, Taylor Swift e Adam Levine têm em comum?
Além de serem artistas incríveis com músicas que não saem da nossa cabeça, claro
Mari Palmada CNN*
O que Beyoncé, Taylor Swift e Adam Levine têm em comum?
… além de serem artistas incríveis com músicas que não saem da nossa cabeça, todos viralizaram recentemente por algo muito simples: deram atenção aos fãs. Beyoncé leu o cartaz de um fã brasileiro que viajou por 72 horas pra ver o show dela na Suécia; Adam Levine reconheceu um fã também brasileiro (sim, a gente é incrível) e parou o show em Las Vegas pra falar com ele; e a Taylor Swift defendeu uma pessoa na plateia enquanto cantava uma das músicas em um show na Filadélfia, nos Estados Unidos (inclusive todos esses vídeos estão lá no site da CNN).
E aí eu te pergunto: por que raios gestos teoricamente tão simples e básicos como esses viraram notícia? Em que momento gentileza virou uma coisa excepcional? Fiquei pensando muito nisso quando vi os vídeos desses momentos – sem querer diminuir o que todos fizeram, muito pelo contrário. Eu mesma me arrepiei todinha de emoção quando vi pela tela do celular. E nem era comigo!
Peço licença aqui na newsletter da firma pra escrever esse texto na posição de fã. Porque sim, eu já fiz muita loucura por aí pra chegar perto dos meus ídolos e momentos assim podem parecer pequenos pra quem tá em cima do palco, mas são gigantescos pra quem se acha só mais um na multidão.
Eu até hoje não esqueci do olhar que Noel Gallagher me deu (sim, juro que vi isso) no show do Oasis aqui em São Paulo em 2006. Ou da vez em que subi numa árvore em frente ao Copacabana Palace pra ver o Paul McCartney e o baterista dele me deu um tchauzinho meio que dizendo que o Paul não ia aparecer (me poupou boas horas de malabarismo e uma provável dor nas costas porque eu não ia sair dali tão cedo).
O artista que entende isso sai na frente de muita gente (viu, Drake?). Não existe sucesso e dinheiro no bolso sem o fã que escuta sua música, compra ingresso do seu show e ainda leva pra casa todos os moletons, camisetas, faixas e chaveirinhos da lojinha na saída (nunca esqueço do dia que eu paguei 20 libras num CHAVEIRO do McFly em Londres, quando fui ver o show deles – por favor, não façam a conversão desse valor hoje, obrigada).
Mas, anos depois, quando eu vi (sim, eu estava lá) os caras da banda levando pizza pra todas as fãs que estavam esperando na porta do hotel de Belo Horizonte pra tirar foto com eles, tive certeza de que admirava a banda certa. E aí fui lá e comprei mais uns 2 moletons da turnê, mas isso não vem ao caso agora (risos).
Não tô aqui dizendo que os artistas precisam dar atenção pra absolutamente TODOS os fãs em TODOS os shows porque isso é impossível. Mas ter a humildade de reconhecer que sem fã não existe sucesso já seria um bom começo. Até porque a gente acaba se realizando uns nos outros – tenho certeza que todos os fãs da Beyoncé, da Taylor Swift e do Adam Levine também ficaram felizes e se sentiram contemplados com o que aconteceu recentemente nos shows.
Dar atenção pra um é dar atenção pra todo mundo. E aí eu aproveito as palavras dos meus maiores ídolos, os Beatles, pra encerrar esse texto dizendo que: “and in the end the love you take is equal to the love you make” – e no fim, o amor que você recebe é o amor que você dá. Inclusive, vou aproveitar o espaço pra dizer Paul, se você estiver lendo isso, saiba que eu te amo. COME TO BRAZIL AGAIN, WE MISS YOU! (Sim, o fã nunca desiste)