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    Nando Reis diz não ter perdido criatividade após deixar de usar drogas

    Cantor afirmou que está há quase sete anos sem usar álcool e outras substâncias

    Flávio Ismerimda CNN

    O cantor Nando Reis afirmou, nesta terça-feira (23), que não perdeu a criatividade para compor músicas após ter deixado de usar álcool e outras drogas. O paulistano declarou estar sóbrio há quase sete anos.

    A fala do artista foi feita durante a coletiva de imprensa que marcou o lançamento de “Uma Estrela Misteriosa”, álbum triplo acompanhado por disco bônus, compostos apenas por músicas inéditas. Na entrevista, Nando disse que as drogas tinham, para ele, a função de diminuir sua autocrítica, que, segundo ele, é grande o suficiente para dificultar o processo criativo da composição.

    “Álcool, drogas, eles não tem nada a ver com criatividade. Eu usei para me desinibir, porque a essa minha autocrítica é muito severa e, muitas vezes, paralisante”, confessou o ex-Titãs. “Nunca publiquei nada que eu não tivesse checado duas, três, quatro, cinco vezes sóbrio porque é fácil se iludir.”

    Ele celebrou os sete anos de sobriedade, o que considerou uma conquista, e o consequente ganho de vitalidade.

    “Tenho uma vitalidade muito maior e, evidentemente, um cérebro preservado à custa de sorte”, brincou. “Vivi com isso muito intensamente, por muitos anos, quase 40 anos. É uma conquista.”

    Nadando contra a maré

    O movimento do ex-Titãs é, como ele mesmo disse em coletiva de imprensa nesta terça-feira, de nadar contra a maré e as tendências de consumo de música que tiveram as rádios como laboratório para depois serem consolidadas pelas redes sociais e serviços de streaming. No vídeo de lançamento do álbum, Nando Reis se define como um artista de outro tempo.

    “Eu tenho uma certa relutância, um certo incômodo dessa super fragmentação, dessa super pulverização, das pílulas, do skip [termo derivado do inglês usado para definir o ato de pular faixa], da era digital. Eu não sou assim e tenho essa ambição de botar um calhamaço na mesa e ir contra a maré”, explica o artista.

    O projeto entra em consonância com dois dos principais lançamentos da cultura pop mundial: “The Tortured Poets Department” de Taylor Swift e “Cowboy Carter” de Beyoncé. O primeiro chegou ao mercado como um álbum duplo que reúne 31 músicas e o segundo soma 27 músicas em um disco só.

    “Uma Estrela Misteriosa” também terá uma estratégia de lançamento diferente do habitual. Inicialmente, apenas o box físicos com todos os discos será lançado fisicamente. Os CDs individuais chegaram às lojas separadamente, um por semana. Na versão digital, a chegada também será faseada: os discos serão disponibilizados semanalmente, um de cada vez, com faixas que só serão bloqueadas na semana seguinte, quando o próximo disco for lançado.

    Ouça abaixo o disco “Uma”

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